Amigas bactérias

Você sabia que 90% das células do nosso corpo não são humanas? Verdade! A maior parte das células em nosso corpo são de bactérias presentes em nosso trato digestivo. Esse mundo em miniatura presente principalmente em nossos intestinos digerem alimentos, regulam o apetite, controlam o metabolismo, melhoram as respostas do sistema imune, produzem vitaminas, influenciam nosso humor e até influenciam a expressão de nossos genes.

Quando a microbiota intestinal sofre, todo o corpo sofre. O risco de doenças do coração, de obesidade, de diabetes e até de Alzheimer aumenta. Quando tomamos antibióticos desnecessariamente matamos as bactérias intestinais. A reposição de bactérias probióticas restaura o equilíbrio da microbiota e o risco de novas doenças diminui. Também podemos encontrar probióticos em alimentos fermentados como chucrute, kimchi, iogurte e kefir.

Para a saúde do corpo estas bactérias boas precisam estar vivinhas. As mesmas alimentam-se de fibras prebiótica presentes em alimentos como alcachofra, alho, cebola, aspargos, banana verde, brócolis, cebolinha, couve, gengibre, semente de abóbora, beterraba, tomate, chicória.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Uso de fórmulas infantis é alto no Brasil. O que isso significa para a saúde do bebê?

A Organização Mundial de Saúde recomenda o aleitamento materno exclusivo pelos primeiros 6 meses de vida do bebê. Após a introdução de novos alimentos, recomenda-se ainda o aleitamento de forma complementar até os 2 anos de vida. 

Existem evidências científicas  de que o aleitamento materno protege mãe e bebê. Reduz a incidência de câncer de mama na mulher, contribui para a involução do útero após o parto e reduz os sangramentos. Também acelera a conexão emocional mãe-bebê.

Para os bebês as vantagens incluem ainda a redução da incidência de doenças alérgicas, incluindo a asma, a redução no número e severidade das diarreias, assim como o menor número de internações hospitalares por todas as causas.  Bebês amamentados por mais de 6 meses também parecem ter menor risco de desenvolverem déficit de atenção/hiperatividade e autismo (Sari, Milanaik, Adesman, 2016).

Contudo, no Brasil, apenas 41% das mulheres conseguem amamentar exclusivamente seus filhos até os 6 meses de vida. A capital onde a situação é melhor é em Belém, onde 56,1% das mulheres amamentam exclusivamente durante os primeiros 180 dias de vida do bebê. A capital com pior desempenho neste área é Cuiabá (Brasil, 2009).

A mediana do Brasil é muito ruim. A maior parte dos bebês são amamentados exclusivamente por apenas 54 dias. Ao serem desmamadas as crianças passam a receber fórmulas infantis. Estudos mostram que a substituição do leite materno pelos famosos leites em lata associa-se a maior risco de alergias, obesidade, disbiose intestinal, prisão de ventre, compromentimento do desenvolvimento, maior risco de autismo (Adesman, Soled & Rosen, 2017; Menlnik et al., 2012; Shi-Sheng et al., 2013).

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Estas questões devem-se às limitações das fórmulas infantis que não são perfeitas como o leite materno. Em geral, são mais ricas em aminoácidos, especialmente leucina, possuem uma quantidade de vitaminas superior à do leite materno (podendo gerar uma cascata oxidante), redução de pré e próbióticos, assim como de compostos imunomoduladores e ácidos graxos essenciais.

Crianças que são alimentadas com fórmulas também são mais intoxicadas por bisfenol A (Adesman, Soled & Rosen, 2017) e outros bisfenóis e fitalatos, compostos oriundos de plástico (de recipientes e mamadeiras) que prejudicam o sistema nervoso e o funcionamento de diversas glândulas.

Leite de vaca é pobre em ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) comprometendo o neurodesenvolvimento. Algumas fórmulas vem adicionadas de PUFAs, como DHA e ácido araquidônico (ARA). Contudo, estudos mostram que o acréscimo de PUFAs às fórmulas não promove os mesmos benefícios do leite materno (Jasani et al., 2017).

Grande parte das fórmulas contém ingredientes que não são interessantes para bebês incluindo óleo de palma, oleína de palma, xarope de milho, óleo de canola, lecitina de soja. As fórmulas também podem ser fontes de contaminação por alfatoxinas, metais pesados (Akhtar et al., 2017) e glicotoxinas que aumentam o risco de diabetes, insuficiência renal, doenças hepáticas e neurodegenerativas (Kutlu, 2016). Por outro lado, algumas fórmulas são acrescentadas de pré e probióticos, fibras, ômega-3. O ideal é sempre amamentar. Se não puder converse com seu nutricionista e pediatra para que possam juntos avaliar a melhor alternativa para seu bebê.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Dieta saudável, sono de qualidade e atividade física para a prevenção do câncer

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Pessoas que consomem mais frutas, verduras, condimentos, chás e praticam atividade física tem um risco entre 10 e 61% menor de desenvolvimento de câncer. O risco varia dependendo do tipo de câncer, do sexo e idade de cada pessoa (Kohler et al., 2017).

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), crianças devem ser estimuladas e apoiadas para que tenham uma dieta equilibrada e façam atividade física. O estilo de vida saudável é fundamental para, na fase adulta, terem uma melhor composição corporal (com mais músculos e menos gordura) e para que diversos tipos de tumores sejam prevenidos, incluindo cancro colorretal (intestino e reto), câncer de rim, esôfago, mama, colo do útero, endométrio, pâncreas, fígado, estômago, vesícula, ovário, mieloma múltiplo, tireóide e meningioma. 

Dados publicados pela American Cancer Society mostram que um terço de todas as mortes por câncer nos Estados Unidos a cada ano se relacionam à dieta desequilibrada e falta de atividade física. No Brasil, segundo o INCA, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade pela doença.

Pacientes com câncer: a troca de leite por whey é benéfica

Pacientes que adoram um leite precisam ter mais cuidado. O leite e o queijo estimulam muito a secreção de IGF-1 e a proliferação celular. O whey tem um efeito muito mais brando neste sentido (Melnik et al., 2012). Estudos também mostram que o whey ajuda a evitar a caquexia do câncer. Por isso, se está fazendo tratamento contra o câncer, indico que troque seu leite pelo whey.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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