A formação de espécies reativas (ER) decorre maioritariamente de processos redox que ocorrem nas células. É um processo fisiológico natural, sendo uma parte essencial da vida. No entanto, a produção excessiva de ER e a sua elevada reatividade podem ter implicações patológicas, causando danos aos sistemas que são responsáveis por manter a sua regulação.
O efeito tóxico decorrente do excesso de ER é denominado de estresse oxidativo e pode decorrer quando: (1) há um desequilíbrio entre a produção e a eliminação de ER, com favorecimento do primeiro em detrimento do segundo; (2) os mecanismos de defesa endógenos não se encontram funcionais, (3) há alterações dos processos redox celulares.
As espécies reativas podem ser radicais livres ou não. Esta é um dúvida comum, então vamos diferenciar:
Radical livre
É uma molécula ou átomo que possui um elétron desemparelhado em sua camada externa.
Esse elétron faz com que o radical seja altamente reativo, buscando reagir com outras moléculas para se estabilizar.
Podem ser de oxigênio, nitrogênio ou outros elementos.
Exemplo clássico:
Radical hidroxila (·OH)
Superóxido (O₂·⁻)
Radical peroxil (ROO·)
Todo radical é uma espécie reativa, mas nem toda espécie reativa é um radical.
Espécie reativa de oxigênio (ERO / ROS – Reactive Oxygen Species)
São moléculas derivadas do oxigênio que são altamente reativas, podendo ser radicais ou não-radicais.
Incluem:
Radicais livres de oxigênio:
Superóxido (O₂·⁻)
Radical hidroxila (·OH)
Moléculas reativas não-radicais:
Peróxido de hidrogênio (H₂O₂)
Singlete de oxigênio (¹O₂)
ROS é um termo mais amplo. Alguns são radicais livres, outros não, mas todos podem causar estresse oxidativo se acumularem.



