O termo "síndrome musculoesquelética da menopausa" foi introduzido em 2024 por Dr. Vonda Wright e colegas, em um artigo publicado na revista Climacteric, para descrever um conjunto de sintomas frequentemente negligenciados que afetam mulheres durante a transição da perimenopausa para a pós-menopausa. Esses sintomas incluem dores articulares (artralgia), perda de massa muscular (sarcopenia), diminuição da densidade óssea (osteopenia/osteoporose) e progressão da osteoartrite, todos associados à queda nos níveis de estrogênio.
Causas da síndrome musculoesquelética da menopausa
Os sintomas que afetam músculos, ossos e articulações ocorrem pela diminuição dos níveis de estrogênio, aumento da inflamação, desregulação do metabolismo ósseo e queda da massa muscular. Estima-se que mais de 70% das mulheres experimentem sintomas musculoesqueléticos durante essa transição, e cerca de 25% sejam significativamente impactadas por eles.
Por que o estrogênio é tão importante?
O estrogênio desempenha um papel crucial na manutenção da saúde musculoesquelética. Ele ajuda a regular a inflamação, promove a regeneração muscular, mantém a densidade óssea e protege as articulações. Com a queda nos níveis de estrogênio, há um aumento da inflamação, perda de massa muscular e óssea, e maior risco de doenças articulares como a osteoartrite. Quando a mulher pode fazer a reposição hormonal, esta é muito bem-vinda pois com a queda dos hormônios muitos sintomas aparecem
Sintomas comuns da SMM
Dores articulares e musculares: Sensações de rigidez e dor, especialmente nas articulações.
Perda de massa muscular: Redução na força e na massa muscular, levando à fadiga e diminuição da mobilidade.
Diminuição da densidade óssea: Aumento do risco de fraturas e osteoporose.
Inflamação nas articulações: Condições como ombro congelado e osteoartrite tornam-se mais comuns.
Estratégias de prevenção e tratamento
Exercícios físicos: Atividades de resistência, como musculação, e exercícios de impacto leve, como caminhada, ajudam a manter a massa muscular e a densidade óssea.
Terapia hormonal: A reposição de estrogênio pode aliviar sintomas e prevenir a progressão da osteoporose, mas deve ser considerada individualmente com orientação médica.
Nutrição adequada: Dieta rica em cálcio, vitamina D e proteínas é essencial para a saúde óssea e muscular.
Fisioterapia: Pode auxiliar na mobilidade, força e alívio da dor.
A síndrome musculoesquelética da menopausa é uma condição comum, mas frequentemente subdiagnosticada. Reconhecer os sintomas e buscar intervenções precoces pode melhorar significativamente a qualidade de vida das mulheres durante e após a menopausa. É essencial que profissionais de saúde e pacientes estejam cientes dessa condição para promover um envelhecimento saudável e ativo.