Fatores de risco para supercrescimento bacteriano intestinal e consequências da disbiose intestinal

A movimentação normal e constante do intestino (peristalse) é importante para ajudar a manter um equilíbrio apropriado de bactérias benéficas no trato digestivo. Os quadros clínicos em que os conteúdos intestinais se movem lentamente ou se acumulam em um local permitem o crescimento excessivo de bactérias. Esses quadros clínicos incluem:

  • Fatores Estruturais

- Divertículos no intestino delgado

- Estreitamento do intestino delgado

- Alças cegas criadas cirurgicamente

- Ressecção da válvula íleo cecal

- Fístulas

- Ressecção gástrica

  • Transtornos de motilidade

- Gastroparesia

- Dismotilidade do intestino delgado

- Pseudo-obstrução colônica

- Síndrome do intestino irritável

  • Distúrbios metabólicos

- Diabetes

- Hipocloridria

  • Disfunções em órgãos

- Cirrose

- Insuficiência renal

- Pancreatite

- Estados de imunodeficiência

- Doença de Crohn

- Doença Celíaca

CONSEQUÊNCIAS DA DISBIOSE INTESTINAL

As bactérias em excesso consomem nutrientes, incluindo carboidratos e vitamina B12, levando à déficit de nutrientes. As bactérias também quebram os sais biliares, que são secretados pelo fígado para ajudar a digestão. A perda de sais da bile dificulta a absorção de gorduras, levando à diarreia e à má nutrição.

Os sintomas mais frequentes de síndrome de crescimento excessivo de bactérias são desconforto abdominal, diarreia, distensão e flatulência excessiva. Algumas pessoas têm alguns sintomas ou apenas perda de peso ou deficiências nutricionais. Outras pessoas apresentam diarreia ou esteatorréia (fezes de cores claras, moles, volumosas, gordurosas e excepcionalmente fétidas) graves. Existem também as manifestações crônicas, que ocorrem após meses ou anos de desequilíbrios intestinais:

  • Manifestações cerebrais: estresse, sintomas autísticos, esclerose múltipla, depressão, ansiedade, maior risco de demência

  • Manifestações pulmonares: asma e outras alergias

  • Manifestações hepáticas: esteatose hepática não alcoólica, hepatite

  • Tecido adiposo: doenças metabólicas, maior risco de obesidade

  • Manifestações intestinais: doenças inflamatórias intestinais (Crohn, colite ulcerativa), doença celíaca (podem ser causas e consequências), colite persistente

  • Doenças sistêmicas e/ou autoimunes: diabetes, aterosclerose, artrite reumatóide, tireoidite de hashimoto

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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