Cerca de 160 milhões de pessoas no mundo encontram-se desnutridas. A perda de peso aumenta o risco de morte e, de fato, esta é a principal causa de óbitos em crianças menores de 5 anos. Vários fatores contribuem para a desnutrição na infância como o desmame precoce, a pobreza ou insegurança alimentar, doenças. Em adultos, a desnutrição relaciona-se frequentemente a condições desfavoráveis de vida, transtornos psiquiátricos, doenças (esofagite, estenose esofágica, úlcera, colites, síndromes de má absorção, deterioração dentária, demência, doença de parkinson, hipertireoidismo ou hiperparatireoidismo, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, insuficiência renal, tumores etc), alcoolismo, solidão, depressão, falta de suporte social etc.
A recuperação da desnutrição envolve muitas estratégias, incluindo aconselhamento dietético, suplementação, uso de sondas ou mesmo terapia parenteral. Também é importante cuidar da microbiota. A desnutrição é frequentemente acompanhada de disbiose intestinal, com inversão aberrante da proporção de microorganismos anaeróbios para anaeróbios facultativos. Nos casos em que a desnutrição continua, a perda da microbiota intestinal anaeróbica madura saudável leva gradualmente a uma deficiência na captação de energia, piora da resposta imune, redução na síntese de vitaminas, piora da digestão, agravamento da má absorção e maior risco de diarreia e sepse por invasão sistêmica de bactérias patogênica.
Em caso de diarreia a suplementação de probióticos contendo Saccharomyces boulardii, Bifidobacterium longum e Bifidobacterium pseudolongum, associado à suplementação de glutamina (5 a 20g/dia) tem-se mostrado eficaz, juntamente com uma dieta hipercalórica e constipante. A suplementação de zinco também é interessante, melhorando a imunidade e ajudando a reduzir a inflamação intestinal.
Suplementos indicados:
Marcas de glutamina: glutamax (vitafor), puravida, essential
Exemplo de probiótico para tratamento de diarreia: floratil 200 (Saccharomyces boulardii)
Suplementos de zinco:
Baixa biodisponibilidade: zinco citrato, zinco gluconato
Média biodisponibilidade: zinco acetato, óxido de zinco, sulfato de zinco
Alta biodisponibilidade: zinco quelado (bisglicinato), zinco quelado taste free, zinco metionina (L-Opti-Zinc), zinco picolinato