O metotrexato (MTX) é um dos medicamentos usados no tratamento da leucemia infantil, psoríase, reumatismo, artrite, eczema e outras doenças da pele. O uso por curto tempo pode causar náuseas, diarreia, cansaço. Por longo tempo pode causar neurotoxicidade. O que acontece é que a droga interfere no metabolismo da vitamina B9. Por isso, a vitamina deve ser suplementada na forma de ácido folínico ou metilfolato para que os efeitos colaterais agudos sumam.
Metotrexato na artrite
As ações do MTX no ácido fólico não estão relacionadas à sua capacidade de reduzir a inflamação e o dano articular nas baixas doses usadas no tratamento da artrite reumatóide. Assim, o uso da vitamina B9 reduz o risco de efeitos colaterais, sem comprometer o tratamento. Existe B9 em suplementos multivitamínicos. Porém a quantidade ali presente é geralmente de 400 mcg e pacientes com artrite fazendo uso de MTX podem precisa de dosagens entre 1.000 mg e 2.000 mg para adequado controle dos sintomas. Além disso, o ácido folínico e o metilfolato serão mais eficientes do que o ácido fólico contido na maioria dos multivitamínicos
Metotrexato no câncer
O metotrexato também é usado no tratamento de células malignas, como na leucemia. O remédio inibe a enzima que reduz o ácido diidrofólico (DHF) em tetrahidrofolato (THF). Dessa forma, o medicamento reduz a síntese de DNA, a replicação e restauração celular, a proliferação de tecidos, contribuindo para o tratamento do câncer.
Neste caso, não é possível o uso do suplemento de B9 já que o que se quer é justamente o impedimento destas reações. Porém, o metotrexato, assim como o óxido nítrico (frequentemente usado no tratamento da leucemia) reduzem a vitamina B12, aumentando o risco de neuropatias e manifestações neuropsiquiátricas como depressão, fraqueza, fadiga, ataxia. Por isso, a suplementação de vitamina B12 é recomendada para este grupo.