A microbiota intestinal humana, quando saudável, impacta beneficamente o funcionamento cerebral de diferentes maneiras pois é importante para:
produção de neurotransmissores e endocanabinóides no cérebro;
síntese de hormônios intestinais (GLP1, peptídio YY, leptina, grelina);
reduzindo a inflamação e beneficiando o sistema imune;
reduzindo a permeabilidade da barreira hemato-encefálica às aminas:
melhorando a digestão de alimentos e a absorção de nutrientes.
A imagem abaixo mostra mudanças na diversidade microbiana ao longo da vida humana, desde o nascimento até a velhice. O interessante é que, conforme a microbiota vai mudando, o desenvolvimento cerebral e neural vai também passando por modificações. Se não cuidamos da microbiota ao longo da vida, especialmente com dieta adequada o risco de depressão aumenta. Isto porque cai a produção de neurotransmissores, aumenta a substância de metabólitos potencialmente neurotóxicos como D-lactato e amônia.
Em um estudo em que foi avaliado o DNA da microbiota fecal de belgas e holandeses observou-se que os pacientes com menor diversidade bacteriana intestinal relatavam menor qualidade de vida física e mais sintomas depressivos (Valles-Colomer et al., 2019).
Substâncias produzidas no intestino como butirato, DOPAC (ácido 3,4-dihidroxiphenilacético) relacionam-se positivamente com a saúde mental. Já pessoas com mais disbiose e intestino permeável produzem menos destas substâncias e mais neuroinflamação e mudanças de humor. Aprenda aqui a cuidar do seu intestino.