O aleitamento materno traz muitos benefícios para mães e seus bebês. Contudo, o sucesso na amamentação depende não só de fatores relacionados à mãe (como interesse pela prática e persistência) e do bebê (saúde, capacidade de sugar etc) mas também do suporte recebido de profissionais de saúde e familiares. Estes e outros fatores (como propaganda de leites artificiais e necessidade de voltar ao trabalho) acabam interferindo na amamentação. Estima-se que apenas 40% dos bebês com menos de 6 meses são alimentados exclusivamente com leite materno, em todo o mundo.
De acordo com relatório das Nações Unidas (ONU) se todos os bebês fossem amamentados nos primeiros dois anos de vida, seria possível salvar anualmente a vida de mais de 820 mil crianças em todo o mundo.
Considerando a complexidade do ato de amamentar a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), atualizaram no ano passado os “10 passos para o sucesso do aleitamento materno”. O guia é dividido em duas partes:
Primeira Parte - procedimentos críticos de gestão
1. Políticas do hospital
Cumprir plenamente o Código Internacional de Comercialização de Substitutos do Leite Materno e as resoluções relevantes da Assembleia Mundial da Saúde.
Ter uma política de alimentação infantil por escrito que seja rotineiramente comunicada à equipe e aos pais.
Estabelecer sistemas contínuos de monitoramento e gerenciamento de dados.
2. Competências dos profissionais
Garantir que a equipe tenha conhecimento, competência e habilidades suficientes para apoiar a amamentação.
Segunda Parte - Práticas clínicas básicas
3. Cuidados Pré-Natais: Discutir a importância e o manejo da amamentação com mulheres grávidas e suas famílias.
4. Cuidados no momento do nascimento: Facilitar o contato pele a pele imediato e ininterrupto e apoiar as mães a iniciar a amamentação o quanto antes após o nascimento.
5. Apoiar as mães para iniciar e manter a amamentação e gerenciar dificuldades habituais.
6. Não fornecer a recém-nascidos amamentados alimentos ou líquidos que não sejam o leite materno, a menos que indicado clinicamente.
7. Permitir que mães e filhos permaneçam juntos e pratiquem o alojamento conjunto 24 horas por dia.
8. Ajudar as mães a reconhecer e responder às pistas sobre alimentação fornecidas pelo bebê.
9. Aconselhar as mães sobre o uso e os riscos de mamadeiras, bicos e chupetas.
10. Coordenar a alta para que os pais e seus filhos tenham acesso oportuno a apoio e cuidados contínuos.