Práticas integrativas para alívio das cólicas menstruais

A dismenorreia, mais conhecida como cólica menstrual, é uma dor uterina ocasionada pela contração uterina. Pode aparecer 48 horas antes da menstruação e persistir por até 72 horas. Dependendo da intensidade a mulher também pode ter dores nas coxas. As cólicas também podem ser acompanhadas de dores de cabeça, tontura, fadiga, diarréia e aumento do suor.

Mas você sabia que existem várias estratégias para ajudar a aliviar essa cólica? Um novo estudo mostrou que alguns fitoterápicos podem auxiliar na melhoria desses sintomas. Dentre os fitoterápicos estudados, dois são comuns e fáceis de encontrar no Brasil: o funcho (Foeniculum vulgare) e a camomila (Matricaria recutita), que podem ser adicionados na alimentação na forma de chás.

As flores de camomila contém mais de 120 compostos químicos com propriedades antiinflamatórias e anticancerígenas, como a apigenina. A indicação para melhor efeito é de uso de dois a três xícaras ao dia, sem açúcar. Para quem não gosta de chás, existem as cápsulas de extrato de camomila que podem ser prescritas por um nutricionista especialista em fitoterapia (Sharghi et al., 2019).

O funcho é fonte de anetol, composto similar à dopamina e capaz de inibir dores e suprimir as contrações induzidas por substâncias inflamatórias geradas durante o período menstrual. Para fazer o chá do funcho utilize as folhas e as sementes. Coloque uma colher de sopa em uma xícara de água fervente, tampe e deixe amornar. Após 15 minutos, coe e beba por 2 a 3 vezes ao dia, ou revezando com a camomila. Outra opção é usar o óleo essencial de funcho, o extrato em cápsula ou o xarope de funcho, que também podem ser prescritos por nutricionista especialista em fitoterapia.

Não comer muito, dando um alívio para seu sistema, jantar cedo e adotar uma dieta antiinflamatória (sem álcool e cafeína) durante todo o mês também ajuda. Assim como suplementar óleos de prímula e borragem e corrigir deficiências nutricionais, como B6 e vitamina E.

Você também pode usar os conhecimentos da aromaterapia! Faça compressas com óleo essencial de lavanda. No período pré-menstrual, misture 1 colher de sopa de óleo de girassol com 25 gotas de óleo essencial de gerânio em um recipiente e massageie a região do útero em sentido horário.

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A prática de yoga também pode aliviar as cólicas menstruais pois revitaliza os órgãos abdominais e endócrinas. Pratique durante todo o mês. Contudo, durante a menstruação evite práticas intensas, inversões e flexões para trás. Relaxe completamente em cada postura, respirando de forma lenta e profunda. Posturas com flexões para frente ajudam a aliviar as cólicas.

A fitoterapia também pode contribuir para o alívio das cólicas. Chás de gengibre, calêndula ou folhas da amoreira e suplementação de Vitex Agnus castus (20mg) ou tintura de acácia. Na medicina tradicional chinesa é frequentemente utilizado o fitoterápico Su Gan Wan que alivia as dores. Outra possibilidade é o uso do chá de alcachofra.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Grávidas e mulheres amamentando devem avaliar necessidade de suplementação de vitamina B12

O consumo diminuído de vitamina B12 em mulheres gestantes e lactantes leva a uma redução das reservas do bebê.  A deficiência de vitamina B12 causa anemia, diarréia, formigamento nas mãos e nos pés, redução do equilíbrio e aumento do risco de quedas, confusão mental e até sintomas depressivos.

A deficiência grave de vitamina B12 pode também gerar anormalidades hematológicas parecidas com os distúrbios da microangiopatia trombótica, como hemólise, aumento das enzimas hepáticas e redução na contagem de plaquetas (Govindappagari et al., 2019).

É muito importante o rastreamento da deficiência de vitamina B12 na gravidez, inclusive para não comprometer a saúde do bebê. Na infância a depleção da vitamina também pode acarretar em danos permanentes e severos ao sistema nervoso central. A prevenção é feita com a suplementação de pelo menos 2,6 mcg de vitamina B12 ao dia, tanto para gestantes quanto durante todo o período de amamentação. Nos casos de anemia perniciosa (por deficiência de B12) a quantidade de B12 suplementada deve ser ainda mais alta. Mulheres vegetarianas ou com hipocloridria e má digestão devem receber ainda mais atenção.

O estado de saúde em qualquer estado da vida é resultado de fatores que vão se acumulando, desde a gravidez. Cuidando da alimentação desde cedo você estará protegendo-se e a seu bebê. Para consultorias na área deixe uma mensagem.

Possuo dois cursos sobre alimentação vegetariana, todos 100% online. Aprenda mais.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Práticas integrativas no tratamento da espondilite anquilosante

Doenças autoimunes são o resultado de uma combinação entre a genética e danos ambientais acumulados durante anos ou décadas (sedentarismo, estresse, tabagismo, consumo de álcool, exposição a metais pesados, agrotóxicos, dieta inflamatória e pobre em nutrientes antioxidantes).

A espondilite anquilosante é uma espondiloartrite, doença autoimune caracterizada pela inflamação da coluna, grandes articulações, dedos das mãos e pés. Pode afetar também os ossos da cabeça, tórax, ombros, quadris e joelhos. O diagnóstico se baseia nos sintomas, radiografias, exames de sangue (velocidade de hemossedimentação, proteína C-reativa, presença do gene HLA-B17), ressonância magnética e outros critérios médicos.

O tratamento envolve o uso de medicamentos antiinflamatórios, inibidores de necrose tumoral e antimetabólitos. Para o adequado controle da doença também são necessárias modificações no estilo de vida com prática regular de atividade física, dieta antiinflamatória e baseada em plantas, abstenção de fumo e álcool. Em minhas consultorias trabalho também com a suplementação de fitoterápicos, como cúrcuma, gengibre, moringa, chás (canela, equinácea), suplementação de ômega-3 e vitamina D.

Pessoas com doença auto-imune precisam também controlar o estresse já que a maior parte dos gatilhos são de ordem emocional. Por isso, sempre indico a prática de yoga e meditação.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/