Síndrome de Down e o direito à alimentação saudável

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Existem grandes lacunas no conhecimento clínico de profissionais de saúde no que concerne à Síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21). Muitos profissionais de saúde tiveram apenas uma aula sobre Síndrome de Down dentro do curso de genética. E nada mais. Tais lacunas comprometem a tomada de decisões e os cuidados de pessoas com Síndrome de Down.

Pessoas com deficiência intelectual enfrentam diversos desafios relacionados à saúde e alimentação. Para muitos, a ingestão de frutas, legumes e fontes de ômega-3 fica consideravelmente abaixo das recomendações, o que agrava a inflamação e aumenta o risco de obesidade. 

Uma dieta variada e promotora da saúde é direito de todos. Com o tempo, uma dieta pouco saudável ou carente em nutrientes fundamentais pode resultar em danos consideráveis à saúde de uma pessoa. Na síndrome de Down agrupam-se nos cuidados básicos em nutrição as preocupações com a tireóide, com o envelhecimento precoce, com o funcionamento das mitocôndrias, com o intestino e cérebro.  

Pessoas com deficiências intelectuais são mais vulneráveis. Melhorar o estado nutricional deste grupo é uma questão de importância nacional, baseada no seu igual direito à boa saúde e no acesso a todos os serviços de saúde. Acompanhe novidades nesta temática pelo Telegram.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Antibióticos são as melhores armas contra bactérias perigosas, mas contra as bactérias boas também :(

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Os antibióticos matam com muita eficácia microorganismos invasores. Mas matam também as melhores bactérias possíveis, aquelas amigas que temos na barriga para nos proteger. Essas bactérias boas (denominadas probióticas) produzem seus próprios antibióticos. Ou seja, damos aos microorganismos um lugar quentinho para viver e eles nos protegem.

Contudo, o uso de antibióticos que compramos na farmácia são outra coisa. Representam um quarto de todos os medicamentos administrados às crianças e um terço das prescrições consideradas desnecessárias. Tem gente que toma antibiótico para dor de barriga, para prisão de ventre, para resfritado, condições em que o antibiótico nem sempre tem poder algum. Pelo contrário, o uso destes medicamentos sem critério aumenta a resistência de superbactérias ruins e essas sim matam muita gente no mundo o tempo todo.

O uso de antibióticos sem razão também aumenta o risco de obesidade, alergias, Alzheimer e doenças autoimunes. No caso de alergias, por exemplo, o uso de antibióticos pode erradicar as bactérias intestinais que ajudam as células do sistema imunológico a amadurecer. Essas células teriam sido essenciais para manter o sistema imunológico sob controle quando confrontadas com alérgenos. Mesmo que essas bactérias retornem, o sistema imunológico permanece comprometido.

O efeito colateral mais frequente do uso de antibióticos é a diarreia, principalmente em crianças e pacientes idosos, que recuperam-se muito mais lentamente após o uso destes medicamentos. É claro, o uso do antibiótico é recomendado em muitas situações mas não os tome desnecessariamente. E, tendo tomado, cuide bastante do seu intestino para que ele volte a te proteger.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/