Muitas doenças relacionam-se com a inflamação crônica, incluindo câncer, diabetes, dislipidemias, obesidade, doenças cardiovasculares e hepáticas, condições autoimunes, doenças neurodegenerativas, depressão, sarcopenia e osteoporose. O mundo moderno aumentou nosso contato com alimentos ultraprocessados, ar poluído, xenobióticos (substâncias estranhas), estresse. Por meio de alimentação adequada e técnicas para o combate ao estresse podemos modular o processo inflamatório.
O yoga ajuda no combate ao estresse. Este tem sido associado ao envelhecimento acelerado devido ao aumento do estresse oxidativo. Diferentes biomarcadores no sangue podem ser usados ara estimar o nível de inflamação e estresse do corpo. O cortisol varia ao longo do dia com base no ritmo circadiano, e um nível basal mais alto de cortisol é um indicador de alto estresse crônico. O cortisol se torna menos variável ao longo do dia em pessoas com estresse crônico, sinalizando uma luta ou fuga hiperativa ou o sistema nervoso simpático.
Outro biomarcador é o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), uma proteína de ocorrência natural no corpo que regula a neuroplasticidade e promove o desenvolvimento do cérebro. Pessoas com depressão, ansiedade ou doença de Alzheimer têm níveis mais baixos de BDNF.
Em estudo recente foi demonstrado que a prática de yoga por 12 semanas retarda o envelhecimento celular. O programa consistiu em 90 minutos de yoga que incluíam posturas físicas, respiração e meditação cinco dias por semana durante 12 semanas. Os pesquisadores encontraram indícios de níveis mais baixos de inflamação e de cortisol. O estudo também encontrou níveis mais altos de BDNF sugerindo que o yoga também pode ter efeitos protetores para o cérebro (Tolahunase, Sagar & Dada, 2017).
Estilo de vida saudável para o combate à inflamação:
uso de condimentos e dieta antiinflamatória baseada em plantas;
exercícios respiratórios (aprenda no curso “tudo sobre yoga”)
redução do estresse oxidativo;
garantir bom aporte de ômega-3:
suplementação adequada de micronutrientes, aminoácidos e fitoquímicos com ações específicas no cérebro. Muitos deles possuem efeitos neuroprotetores incluindo: Allium sativum, Bacopa monnierae, Centella asiatica, Withania somnifera, Salvia officinalis, Ginkgo biloba, Huperiza serrata, Angelica sinensis, Uncaria tomentosa, Hypericum perforatum, Curcuma longa, Crocus sativus, Valeriana wallichii, Glycyrrhiza glabra, Scutellaria baicalensis, Angelica pubescens, Morus alba, Salvia miltiorrhiza, Uncaria rhynchophylla (Kumar e Khanum, 2012). Aprenda mais no curso psiconutrição!
Além das estratégias acima são importantes medidas para o combate à inflamação:
Reduzir a exposição ao tabaco, álcool e poluição;
Aumentar o consumo de frutas e verduras para que mais fitoquímicos protetores cheguem às células;
Suplementar vitamina D caso as concentrações plasmáticas estejam baixas;
Reduzir o consumo de alimentos cozidos em altas temperaturas;
Reduzir alimentos com alto índice glicêmico;
Manter o intestino sempre saudável.