A doença de Alzheimer afeta mais comumente adultos mais velhos (por volta dos 80 anos), mas também pode afetar pessoas na faixa dos 30 ou 40 anos. Quando a doença de Alzheimer ocorre em alguém com menos de 65 anos, é conhecida como doença de Alzheimer de início precoce.
ALZHEIMER COMEÇA 30 ANOS ANTES DO DIAGNÓSTICO
Hoje é o dia de começarmos a proteger nosso cérebro. O Alzheimer começa cerca de 25 a 30 anos antes dos primeiros sintomas. Ou seja, uma pessoa que desenvolveu a doença aos 80 começou a acumular placas amilóides e emaranhados de proteína TAU por volta dos 50. Uma pessoa que desenvolve os primeiros sintomas aos 40 pode ter começado este acúmulo aos 10 anos de idade.
Os primeiros sintomas podem incluir:
Falta de interesse em socializar, comunicar ou expressar pensamentos
Falta de iniciativa e entusiasmo por atividades comuns
Diminuição da capacidade de foco ou concentração
Mudanças emocionais, como tristeza, medo, ansiedade ou irritabilidade
Mudanças de comportamento, incluindo agressividade, inquietação ou distúrbios do sono
Convulsões que começam na idade adulta
Mudanças na coordenação e marcha
ALZHEIMER NA SÍNDROME DE DOWN
Atualmente cerca de 75% das pessoas com síndrome de Down com 65 anos ou mais estão vivendo com a doença de Alzheimer, cerca de seis vezes o número de pessoas na grande população na mesma faixa etária. O risco de desenvolver a doença de Alzheimer em indivíduos com síndrome de Down aumenta com o avanço da idade.
Acredita-se que o cromossomo 21 extra seja responsável pelos sintomas de demência em indivíduos com síndrome de Down. Um dos genes do cromossomo 21 na síndrome de Down codifica a proteína precursora da amilóide (APP), associado ao Alzheimer de início precoce. Outros genes associados ao Alzheimer de início precoce são PSEN1, PSEN2 e a variação APO E4/E4.
COMO PROTEGER O CÉREBRO?
Evitar/tratar desde cedo:
Disbiose intestinal
Inflamação
Estresse oxidativo
Disfunção mitocondrial
Resistência à insulina
Disfunção hormonal
Infecções
Exames para detecção da doença de Alzheimer
Tau é um marcador relativamente tardio da fisiopatologia de Alzheimer (muitas vezes precedido por anos pelo acúmulo de amilóide). Quanto mais emaranhados de proteína Tau no cérebro, maior costuma ser o declínio cognitivo. Assim, tecnologias de imagem da Tau PET são considerados um marcador de dano neuronal e retração de dentritos. O tau PET pode ser usado para acompanhar a taxa de declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer já diagnosticado.
Para a prevenção, existem marcadores anteriores para vigiarmos, incluindo zinco sérico baixo, proporção alterada de cobre para zinco, glicose em jejum, insulina em jejum, hemoglobina glicada, homocisteína, concentração de beta amilóide no fluido cerebroespinhal, evidências de depósitos de amilóide no cérebro (exames de imagem). Todos com casos de Alzheimer na família devem ser avaliados já aos 45 anos e acompanhados por neurologista e nutricionista, especialistas em protocolos de prevenção e tratamento da doença de Alzheimer, como o Recode.
Um ponto importante é estimular o aumento de BDNF, fator neurotrófico que facilita a neuroplasticidade (para que o cérebro faça novos caminhos neurais). Isto pode ser feito de várias formas:
Polifenóis presentes em alimentos como açafrão (cúrcuma), cacau, chá verde, mirtilos e outras frutas e verduras (Carrillo, Zafrilla & Marhuenda, 2019)
Treinamento cognitivo (aprender coisas novas) para estimular novas conexões neurais (Gates & Sachdev, 2014)
Atividade física cadenciada (Zoladz & Pilc, 2010)
Dormir bem (Monteiro et al., 2017)
Meditar, fazer yoga para combater o estresse (You & Ogawa, 2020)
Tomar sol (Molendijk et al., 2012)
Jejum intermitente (Mattson et al., 2018)
Convivência social (Ali et al., 2017)
Eliminar o consumo de açúcar e adoçante (Molteni et al., 2002)