Importância das teorias sobre mudança de comportamentos em saúde

O campo da psicologia foca no estudo da mente humana e dos comportamentos observáveis. A psicologia cognitivo-comportamental estuda e tenta explicar, predizer e modificar comportamentos. 

Quando uma pessoa pensa: "odeio fazer atividade física", fica difícil encontrar a motivação para a prática de exercícios. Já outra pessoa que pensa "sinto-me muito bem quando caminho por 20 minutos" encontra mais motivação para sair de casa. A mente (pensamento, sentimentos, crenças, emoções, percepções, memórias) modifica comportamentos e estes influenciam a saúde.

A teoria do comportamento planejado de Ajzen é amplamente utilizada para explicar, compreender e modificar comportamentos. Assume que as pessoas de forma mais ou menos consciente, planejam ações.

Atitudes frente ao comportamento, normas subjetivas e controle percebido

As atitudes referem-se ao estado mental acerca de certos comportamentos. As normas subjetivas representam a percepção quanto às pressões sociais exercidas por pessoas ou grupos importantes. O controle percebido refere-se à estimativa que a pessoa faz quanto à dificuldade de executar uma ação.

Por exemplo, quando o nutricionista diz a um cliente: "Que tal cozinhar mais em casa e comer menos na rua?". A pessoa poderá pensar: "Cozinhar em casa não é importante" (atitude), "Meus amigos me acharão ridículo" (normas subjetivas), "Eu nem sei preparar alimentos saudáveis" (controle percebido). Todos estes pensamentos levam à não adesão a esta recomendação feita pelo nutricionista. De acordo com a teoria, se queremos que o cliente cozinhe mais em casa para beneficiar a própria saúde, precisamos antes modificar suas atitudes, nomas subjetivas e controle percebido.

Outra teoria que tenta explicar e modificar comportamentos é a do condicionamento operante, baseada nos trabalhos de Thorndike e Skinner. De acordo com esta teoria recompensas reforçam determinados comportamentos enquanto punições os diminuem. Por exemplo, ao parabenizar uma criança e brincar com ela após ter limpado o quarto fará com que ela limpe novamente. Brigar com a criança após ela ter limpado o quarto diminuirá a chance de fazê-lo novamente. As teorias nos ajudam a pensar em como agir para influenciar os comportamentos que desejamos reforçar.

Várias técnicas podem ser utilizadas para reforçar comportamentos mais saudáveis. Para influenciar os pensamentos e crenças o nutricionista e outros profissionais de saúde podem: (1) fornecer informações pertinentes, (2) reforçar, cumprimentar, elogiar, (3) discutir casos, (4) mostrar exemplos bem sucedidos, (5) apelar para o medo - de adoecer, de morrer, de engordar, (6) treinar habilidades (por exemplo, de preparar alimentos saudáveis).

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Estas técnicas podem ser utilizadas presencialmente ou por meio de e-health. O termo e-health ou e-saúde refere-se à qualquer aplicação de internet utilizada em conjunto com outras tecnologias de informação, para melhorar o acesso, a eficiência, a efetividade e a qualidade de processos clínicos e assistenciais. Dentre as tecnologias utilizadas estão: prontuários digitais, sistemas para gestão de clínicas e hospitais, registros nacionais de saúde, softwares para controle de medicamentos, sistemas de suporte à decisão clínica, telesaúde, dispositivos eletrônicos como relógios inteligentes (smart watches), sensores (temperatura, glicemia, pressão etc).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Você conhece a fisalis?

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Originária da Amazônia e dos Andes a Physalis peruviana é bastante conhecida em Portugal com o nome tomate-capucho, tomate de capuz ou capucha. No Brasil vem sendo cultivada em maior escala recentemente, sendo popular no Norte e Nordeste mas nem tanto no Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

O fruto é pequeno, arredondado e tem coloração alaranjada por ser rica em carotenóides. Cada planta produz entre 2 e 4 kg de frutos. Tem sido estudada por suas propriedades antiinflamatórias e de fortalecimento do sistema imune.

Também é rica em antioxidantes, com destaque para os compostos fenólicos - salicílico, gentísico, cumárico, ferúlico, clorogênico, dentre outros (Rochenbach et al., 2008). Também é rica em fitoesteróis como campesterol, beta-sitosterol e stimasterol, em carotenos e vitamina C. Estas substâncias possuem propriedades antienvelhecimento e protetoras contra doenças cardiovasculares, diabetes, doenças inflamatórias e câncer (Puente et al. 2011). Que tal plantar no quintal? Além de ser consumida fresca (in natura) a planta também pode ser consumida como geleia ou desidratada.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Estratégias para quem vive cansado

O cansaço constante é uma das queixas mais frequentes nos consultórios de nutrição. Pode ser comum, mas não é normal. O cansaço crônico é sinal de que não estamos respeitando os limites do corpo, que precisa de relaxamento e sono de qualidade para lidar com tudo o que enfrenta durante o dia. 

O cansaço excessivo também pode ser sintoma de problemas de saúde como anemia, depressão, apneia do sono, fibromialgia, doenças cardíacas ou pulmonares, hipotireoidismo, diabetes ou câncer. Por isso, não deixe de fazer seus exames periódicos.

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VIDA MODERNA E FADIGA CRÔNICA

Entre as principais causas do cansaço extremo estão o excesso de atividades, a alimentação inadequada (que gera carências nutricionais), exposição a toxinas (álcool, cigarro ou outras drogas, agrotóxicos, poluição), mau funcionamento intestinal, estresse físico ou emocional. Isto tudo acaba exigindo muito das glândulas adrenais que começam a produzir muitos hormônios relacionados ao estresse como epinefrina e cortisol. 

Como resultado surgem questões como desmotivação, falta de energia, redução do desejo sexual, irritabilidade, ansiedade, apatia, perda da paciência e maior incidência de infecções. 

Para corrigir a bagunça é necessário (1) adotar uma dieta rica em vitamina C (laranja, limão, abacaxi, acerola, camu camu, tangerina), (2) evitar o consumo de café e outros estimulantes, especialmente no final da tarde, (3) dormir mais cedo, (4) restringir o uso de celular e computador após as 20h, procurar técnicas de relaxamento como yoga e meditação, socializar com amigos positivos, (5) consumir pelo menos 400g de frutas e verduras ao dia, (6) para quem está com problemas intestinais probióticos poderão ser indicados, mas converse antes com seu nutricionista, (7) use óleos essenciais. Os mais indicados para fadiga são: Os óleos essenciais mais indicados para a fadiga são: hortelã-pimenta, melaleuca, sândalo, frankincense, lavanda, camomila romana, erva-cidreira, bergamota, limão. Aprenda mais sobre o uso dos óleos essenciais aqui.

Se você é vegano precisará também suplementar a vitamina B12. Saiba mais sobre este nutriente em meu vídeo:

Se você toma pouco sol avalie também seus níveis de vitamina D, um nutriente essencial para o sistema imune, para a prevenção de doenças e o controle do estresse. Por fim, não esqueça do ômega-3. A maioria dos brasileiros tem um consumo baixíssimo deste nutriente tão importante para coração, cérebro e sistema nervoso. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/