A comunicação em saúde pode ser definida como o estudo e uso de métodos para informar e influenciar os comportamentos de forma a melhorar a saúde de indivíduos e da população. Quando a comunicação em saúde é feita de forma mais eficiente há aumento do conhecimento e da conscientização das pessoas acerca de temas importantes da áera.
No entanto, esforços isolados de comunicação em saúde, feitos em blogs como este, sem apoio político e de instituições importantes geram poucos resultados em termos de modificação de comportamtentos.
Um dos problemas são as disparidades no acesso às informações de saúde. Pessoas sem acesso à internet, com baixa escolaridade ou que não percebem a saúde como algo importante acessam menos informações nesta área.
Uma forma de aumentar o acesso é incluir mensagens de saúde na programação de entretenimento. Novelas e outros programas de TV, noticiários no rádio, peças teatrais em escolas ou outros espaços comunitários, ajudariam a disseminar mais informações. A programação de entretenimento tem a capacidade de atingir proporções significativas das populações que experimentam maiores disparidades em saúde.
O contato interpessoal entre prossionais e pessoas também é fundamental. O acesso à saúde é direito de todos mas a relação entre paciente e profissionais de saúde nem sempre é saudável. O ideal é que esta relação sempre ajudasse a diminuir as disparidades em saúde. Contudo, profissionais que retém informações, que tratam determinadas parcelas da população com preconceito, que comunicam-se por meio de jargões de difícil compreensão, fazem as disparidades aumentarem.
O apoio social é outra forma de amenizar as desigualdades e iniquidades em saúde. As redes de apoio virtual vem ganhando espaço na sociedade moderna. Contudo, novamente, o acesso pode ser problemático em comunidades carentes.
A eliminação das disparidades na saúde requer que mais profissionais de saúde pública estudem esta temática já que para projetar intervenções efetivas é necessária a compreensão de teorias de mudança de comportamento e de marketing, além de princípios para o desenvolvimento de mensagens e e-Health. Também devemos trabalhar colaborativamente com comunidades que experimentam disparidades para que juntos possamos superar barreiras (falta de acesso à internet e tecnologias, desconfiança, falta de suporte, baixa habilidade para o uso de tecnologias de comunicação e informação, baixa escolaridade...) para a melhor saúde e qualidade de vida.