Super alimentos para mulheres maduras

Ao longo da vida os níveis hormonais variam e com a aproximação da menopausa há uma queda na liberação de estrógeno e progesterona. Aparecem então os sintomas típicos da menopausa que podem ser minimizados com reposição hormonal. Contudo, a mesma não é livre de efeitos adversos e, por isso, muitas mulheres optam por estratégias mais naturais. No vídeo a seguir falo de algumas destas estratégias e do consumo do INHAME:

OUTROS ALIMENTOS INTERESSANTES PARA MULHERES

Abacate - Esta fruta é interessante de várias formas. É fonte de gorduras monoinsaturadas, que mantém artérias saudáveis. Possui baixíssimo índice glicêmico e, por isso, não desestabiliza os níveis de açúcar no sangue. É uma ótima opção na dieta cetogênica. É rica em vitamina E, um importante antioxidante que mantém vasos e cérebro saudáveis. A gordura do abacate confere saciedade, ajuda a reduzir a compulsão alimentar, lubrifica a pele e os intestinos, evitando a prisão de ventre. O abacate também contribui para o aumento da dopamina, gerando bem-estar.

Alimentos Fermentados - Kefir, kombucha, kimchi, chucrute, missô, tempeh e outros alimentos fermentados são fontes de bactérias boas que vão colonizar o intestino, reduzindo a inflamação local, melhorando o peristaltismo e a imunidade. Quando o intestino está em desequilíbrio instala-se a disbiose intestinal e com ela o risco de doenças como câncer de intestino, ansiedade e depressão aumentam.

Beterraba - este vegetal tão fácil de encontrar pode entrar na salada, em sucos, shakes, sopas, bolos. É uma grande fonte de betaína, substância antiinflamatória e que protege o fígado e melhora o humor. A beterraba também estimula a produção de óxido nítrico, que ajuda a regular a pressão sanguínea, melhora a circulação e reduz a celulite.

Chá Verde e Matchá - estes chás são feitos da planta camellia sinensis, rica em catequinas que aceleram o metabolismo e reduzem a inflamação do organismo. Com isso, a mulher mantém o peso com maior facilidade e sente menos dores. Estes chás também são fonte de teanina, que ajuda na eliminação de toxinas e mantém o cérebro saudável.

Açafrão - rico em curcumina, uma potente substância antiinflamatória e antioxidante, associada à redução de doenças cardíacas e cerebrovasculares. Pode ser adicionada em sopas, arroz, na quinoa, em bebidas ou chás. O ideal é consumir junto com pimenta para aumentar a absorção do composto.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Consumo de algas e imunidade

Algas são extremamente ricas em nutrientes. A spirulina é uma alga azul esverdeada fonte de proteínas, vitaminas (como carotenóides) e minerais (Kay, 1991).  Os nutrientes das algas combatem o dano oxidativo causado por radicais livres (Benedetti et al., 2004Sedriep et al., 2011). Algas também são fonte de vitamina B12 (Baroni et al., 2009), apesar de não tão bem disponível quanto a presente em ovos e laticínios. A vitamina B12 é muito importante para a maturação da espinha bífida do bebê durante a gestação, para o adequado funcionamento das hemácias (células do sangue que transportam oxigênio) e para o sistema nervoso, prevenindo a depressão.

As algas ainda melhoram a imunidade (Shytle et al., 2010) e contribuem para o tratamento da fibromialgia. Estudos mostram que algas como a clorella se ligam a metais pesados contribuindo para a destoxificação do organismo. Publicação de 2020 reforça que a spirulina contém picocianobilina que melhora a imunidade para que o corpo possa reagir melhor contra gripes e até contra o coronavírus (McCarty & DiNicolantonio, 2020).

Algas também são ricas em iodo (Combet et al., 2014), mineral importante para a tireóide e a regulação do metabolismo e de fibras (Wada et al., 2011), que tem um papel na regulação do funcionamento intestinal e na absorção de glicose e gorduras. Por estes efeitos, as algas parecem ser alimentos capazes de reduzir o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de câncer.

Contudo, as algas podem produzir uma toxina denominada microcistina. Os polifenóis do chá verde (Xu et al., 2007) e o sulforafano das brássicas (repolho, couve, brócolis) protegem o corpo contra a microcistina. Contudo, não se recomenda consumo alto de algas e suplementos de algas para gestantes e lactantes já que não se conhece o efeito da toxina no desenvolvimento do feto e crianças. A compra de suplementos também deve ser cuidadosa. 

Não tem acesso à algas? Aumente o consumo de alimentos como salsinha, couve, coentro, que também melhoram a imunidade. Se quiser conhecer mais sobre as propriedades dos alimentos faça este curso online. O mesmo é perfeito para os que querem aprender mais sobre as propriedades protetoras e antiinflamatórias dos alimentos e o impacto dos mesmos na saúde e na prevenção de doenças.

Você aprenderá mais sobre soja, tomate, berinjela, brócolis, mel, açafrão, chá verde, maçã, mirtilo, açaí, dentre tantos outros alimentos. Conversaremos também sobre nutrientes e não nutrientes que podem ser destacados nos rótulos dos alimentos por seu potencial benefício à saúde, incluindo ácidos graxos, carotenóides, fibras e probióticos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Uso do Silybum marianun no tratamento da esteatose hepática

O Silybum marianum, também conhecido como Cardo Mariano ou Cardo de leite (Milk Thistle) é a planta mais bem pesquisada no tratamento de doenças hepáticas.

É uma erva terapêutica da família Asteraceae, usada com vários propósitos. Seus benefícios devem-se principalmente à presença do conjunto de bioflavonóides conhecido como silimarina. Fazem parte deste conjunto as flavonolignanas silibinina, isosilibina A e B, silicristina, silidianina e taxifolina.

Estudos mostram os seguintes efeitos para a silimarina:

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  • detoxificante, protetor, antifibrótico e regenerador hepático;

  • protetor celular contra danos tóxicos e contra o câncer (especialmente de fígado, pele, estômago,mama e próstata);

  • antioxidante potente;

  • imunoestimulador.

Nativa de países mediterrâneos. Tem sido usada há aproximadamente 2.000 anos em muitas regiões do mundo, para melhoria do funcionamento do fígado e também para tratamento da esteatose hepática (acúmulo de gordura no fígado). Estudos mostram que seu uso pode normalizar a concentrações de enzimas hepáticas, como TGO e TGP (com suplementação de aproximadamente 140 a 180 mg/dia, por 2 a 3 meses).

Abenavoli et al., 2018. DOI: 10.1002/ptr.6171

Abenavoli et al., 2018. DOI: 10.1002/ptr.6171

Pode ser manipulada, após prescrição nutricional. Contudo, apesar de suas propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e antifibróticas não existe milagre com o uso de suplementos. Estes devem ser associados a outras estratégias. São fatores de risco para a esteatose hepática: diabetes, obesidade, dislipidemias, consumo elevado de álcool, perda de peso rápida (como no caso de paciente submetidos a cirurgia bariátrica). Assim, além do uso da silimarina, o paciente precisará se abster do consumo de álcool, açúcar, alimentos industrializados, gordurosos e hipercalóricos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/