Um estudo de 2022 investigou como o metabolismo de vitaminas e aminoácidos no intestino pode estar ligado aos sintomas e ao desenvolvimento neurológico de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Os pesquisadores analisaram amostras fecais e encontraram alterações significativas nas vias metabólicas relacionadas a vitaminas do complexo B, ácido fólico e aminoácidos essenciais, como triptofano e metionina. Essas moléculas são fundamentais para o funcionamento cerebral, produção de neurotransmissores e regulação imunológica.
Essas mudanças no metabolismo intestinal se correlacionaram com a gravidade dos sintomas comportamentais e níveis de desenvolvimento cognitivo e motor das crianças. Ou seja, o equilíbrio da microbiota intestinal pode ter impacto direto na forma como o cérebro se desenvolve e funciona.
Embora o estudo não prove uma relação de causa e efeito, ele reforça a ideia do “eixo intestino-cérebro” — mostrando que o intestino é muito mais do que um órgão digestivo: é também um poderoso regulador da saúde mental e neurológica.
Compreender melhor essas interações pode abrir caminho para novas estratégias terapêuticas, como ajustes nutricionais, suplementação personalizada ou probióticos voltados ao suporte do desenvolvimento infantil no autismo.

