Gatilhos e tratamento da artrite reumatóide

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A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica autoimune caracterizada pela inflamação frequente das articulações. Pode provocar deformidades nas juntas e afetar também outros tecidos e órgãos.

Afeta entre 1 e 4% da população adulta, principalmente a partir dos 40 anos. Entre os gatilhos ambientais encontram-se as infecções, tabagismo, alergias alimentares, exposição a toxinas, traumatismos físicos e estresse crônicos. 

Pacientes em crise beneficiam-se com o uso de medicamentos, yoga e alimentação antiinflamatória. A atividade física também é muito importante, pois beneficia a saúde como um todo, melhora a flexibilidade e dá aos pacientes a oportunidade de fazerem atividades divertidas.

As articulações danificadas pela artrite reumatóide não se movem com a mesma facilidade ou com o mesmo grau (amplitude de movimento) das articulações saudáveis. Isso torna os exercícios de alongamento, importantes para as pessoas com AR. Tai chi, Qigong (Chi Kung), pilates e Yoga estão entre as possibilidades de atividades. 

Terapias integrativas no tratamento da artrite reumatóide

A artrite reumatóide também pode causar problemas com a marcha e o equilíbrio, deixando os acometidos mais vulneráveis a tropeções e quedas. Novamente o yoga é muito bom. Além disso, um fisioterapeuta pode recomendar exercícios de treinamento de equilíbrio individualizados.  Saiba mais no vídeo:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Jejum intermitente - novos estudos

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O jejum é uma prática antiga, citada na Bíblia e em outros textos clássicos. O filósofo Platão acreditava que o jejum aumentava sua eficiência mental.

A chave pode estar no hormônio grelina. Quando comemos o tempo todo este peptídio não é produzido. Já quando estamos com fome o estômago secreta mais grelina.

E existem evidências de que a grelina pode melhorar a cognição. Estudos em animais evidenciam que os que comem menos se dão melhor em testes de aprendizagem e memória.

Jeffrey Davies pesquisador britânico com interesse em demência, Parkinson e neurociências  descobriu que a grelina pode estimular células do cérebro a se multiplicarem, processo denominado neurogênese. Uma colega de Davies, a pesquisadora Amanda Hornsby, descobriu que pessoas e animais com demência tipo Parkinson costumam ter níveis mais baixos de grelina no sangue do que os que não têm essa condição. Uma forma de reproduzir este resultado é com o jejum intermitente.

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Muita gente também pratica atividade física em jejum. Como sabemos todos nossas células e tecidos precisam de energia para funcionar. Esta energia pode vir da glicose, de aminoácidos ou de ácidos graxos.   O exercício em jejum levaria então à boa queima de gordura, para quem gosta e sente-se bem treinando desta forma (Bennard, & Doucet, 2006). Mesmo assim, é importante destacar que muita gente faz jejum e não perde peso. Estude o que faz mais sentido para seu corpo.

Em situações de jejum, a maior parte da energia será fornecida pela gordura (ácidos graxos) e corpos cetônicos (acetoacetato, beta-hidroxibutirato e acetona). Em indivíduos saudáveis isto não representa nenhum problema já que a cetose nutricional não ultrapassa a capacidade de utilização do organismo. É diferente da cetoacidose diabética, situação extremamente deletéria à saúde e que tem como sintomas: produção excessiva de urina, sede excessiva, fraqueza, náuseas, vômitos, taquicardia, sonolência, confusão mental, respiração ofegante, desidratação, queda da pressão arterial, febre, hálito cetônico, dor ou sensibilidade abdominal, coma (em 10% dos casos).

O jejum reduz o glutamato (excitatório para o cérebro) e aumenta GABA (sedativo para o cérebro). É por isso que ajuda a controlar convulsões em muitos pacientes com epilepsia (como explicado em meu curso online "dieta cetogênica").

Por quanto tempo devemos jejuar?

Existem muitos benefícios no jejum, entre eles a redução da inflamação e o estímulo de genes antienvelhecimento. Mas porquanto tempo devemos jejuar? ⠀ O tempo mínimo e recomendado para realização diária é de 12h.

Pacientes com neuroinflamação, maior risco de Alzheimer ou doenças autoimunes podem se beneficiar de jejuns mais frequentes e mais longos - 16 a 20h (pelo menos 2 vezes por semana). Este é um tempo suficiente para melhorar a expressão de genes como PGC1a, NRF2 e também a biogênese mitocondrial.

Obesos ou pessoas que já fizeram muitas dietas precisam ter mais cuidado. Jejuns mais longos podem atrapalhar e desequilibrar alguns comportamentos alimentares e gerar mais compulsão. Outra questão é o que vamos comer após o jejum. De nada adianta jejuar e depois só consumir alimentos ruins para seu corpo. Durante o jejum a pessoa pode tomar água, chás e shots sem açúcar e tinturas antioxidantes.

A formação de beta-hidroxiburirato também estimula a produção de enzimas antioxidantes endógenas (Shimazu et al. 2013). Este é um dos motivos de alguns estudos mostrarem que o jejum intermitente, assim como o menor consumo calórico desaceleraria o envelhecimento

Fora isso, o jejum, assim como o exercício de endurance aumenta o BDNF, fator de crescimento que contribui para a neurogênese (formação de neurônios), principalmente no hipocampo, região do cérebro ligada à memória e cognição. Outros benefícios incluem: redução da pressão arterial, reduz a inflamação cardíaca e do intestino. Aumenta a motilidade intestinal (Marosi & Mattson, 2014). 

Saiba mais sobre o jejum clicando na imagem:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Nutrição para prevenção da doença de Parkinson

A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum em indivíduos idosos. A suscetibilidade genética e fatores ambientais desempenham um papel na importante na progressão da doença. 

Estudos epidemiológicos e bioquímicos sugerem que a inclusão ou exclusão de certos grupos alimentares pode provocar neuroproteção ou neurodegeneração. Os alimentos são mostrados em um espectro. Alimentos mostrados no vermelho promovem a neurodegeneração e os alimentos em verde promovem a neuroproteção. Alimentos mostrados na parte média (ou amarela) do espectro têm resultados conflitantes e precisam ser mais estudados.

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Os laticínios parecem ser o grupo alimentar mais prejudicial enquanto ômega-3, frutas, vegetais, genisteína, soja, chás, cafeína e resveratrol das uvas roxas conferem proteção ao cérebro. Diversifique sua dieta!

Aprenda mais sobre o cérebro clicando na imagem:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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