A leptina é um hormônio produzido pelo tecido adiposo, fundamental no controle da fome e metabolismo. Mas quando está elevada, pode se tornar um marcador de risco – especialmente em mulheres obesas, na pré-menopausa, menopausa ou em reposição hormonal.
Por que a leptina aumenta?
O aumento da leptina pode ter várias causas como excesso de tecido adiposo, inflamação crônica, resistência insulínica, alterações hormonais (estrogênio e cortisol), dieta rica em açúcares ou carboidratos refinados.
A leptina alta geralmente antecipa a resistência insulínica (RI) e também piora a glicemia, num ciclo vicioso.
Interfere na eliminação dos metabólitos do estrogênio, podendo causar danos ao DNA, aumentando risco de endometriose e câncer de mama.
Reduz a atividade da COMT, prejudicando a detoxificação e favorecendo ansiedade.
Aumenta o apetite, reduz o gasto de energia e contribui para o acúmulo de gordura corporal e o desenvolvimento de obesidade na pós-menopausa.
Dosagem de leptina no sangue
Avaliar a leptina sérica é muito importante, especialmente se a mulher estiver fazendo a terapia de reposição hormonal.
Ideal é leptina sérica em jejum abaixo de 10 ng/mL e abaixo de 20 ng/mL pós prandial (após refeição) Se alta, é essencial investir em estratégias de suporte para o detox de estrogênios:
Nutracêuticos: DIM, I3C, sulforafanos, glutationa ou NAC, ácido alfa-lipóico, SAMe, seleniometionina
Ajuste de vias de metilação, especialmente com reposição de vitaminas do complexo B.
Suporte mitocondrial e melhora da resistência insulínica com dieta low carb.
Gerenciamento de peso (atividade física + menor ingestão calórica).
Redução ou eliminação de álcool e cafeína.
Diminuição da inflamação, com alimentos adequados, brássicas, ervas.
Saúde intestinal: melhorar para evitar reabsorção de estrogênio. Uso de fibras é muito interessante.
Reduzir carga tóxica: evitar xenoestrogênios, BPA, pesticidas.
Cuidado com excesso de ferro, que pode gerar estresse oxidativo.
Cuidar da leptina é ir além do metabolismo: é proteger o equilíbrio hormonal, reduzir riscos metabólicos e até promover mais saúde emocional.

