O HSP70 é uma proteína de estresse celular que atua como uma “chaperona”, protegendo nossas células de danos e promovendo adaptação ao estresse. Ela desempenha papel essencial na saúde celular, na resposta inflamatória e na manutenção do metabolismo. Estimular HSP70 pode trazer benefícios, mas não é seguro em todas as situações.
Como podemos estimular HSP70
Existem algumas estratégias naturais para aumentar a expressão de HSP70:
Jejum e restrição calórica: Protocolos moderados de jejum, como o jejum intermitente 14–16/8, ativam vias de hormese e autofagia, estimulando HSP70 em diferentes tecidos.
Exercício físico: Treino de resistência ou aeróbico aumenta HSP70 no músculo esquelético e em outros tecidos, promovendo adaptação celular e proteção metabólica.
Exposição térmica: Saunas, banhos quentes e outros estímulos de calor elevam HSP70 de forma robusta.
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ESTÍMULO DE HSP70 NA MENOPAUSA
Na menopausada, o estímulo do HSP70 é mais difícil. A redução da sensibilidade ao estresse celular na menopausa decorre principalmente da queda estrogênica. O estrogênio atua como modulador direto e indireto da expressão de HSP70. Sem ele, há atenuação das vias de sinalização que ativam HSF1, que é o fator de transcrição responsável por induzir HSP70. A menor disponibilidade de estrogênio reduz fosforilações necessárias para a trimerização e a ligação eficiente de HSF1 ao DNA.
O estado inflamatório crônico de baixo grau típico da menopausa aumenta espécies reativas de oxigênio de maneira desorganizada. Isso gera estresse oxidativo que danifica proteínas mas não aciona adequadamente o eixo HSF1-HSP70, porque o ambiente intracelular torna-se menos responsivo e mais propenso à inibição do próprio HSF1.
A sarcopenia e a redução da capacidade mitocondrial diminuem a produção de ATP e a eficiência de chaperonagem, o que reduz a capacidade das células de gerar o sinal de estresse proteotóxico necessário para indução robusta de HSP70 durante exercício ou calor.
O resultado é um sistema celular menos sensível ao estressor e com menor plasticidade metabólica, o que torna mais difícil aumentar HSP70 a partir dos mesmos estímulos que seriam eficazes em mulheres eumenopáusicas. Mas, combinar jejum moderado com exercício e exposição térmica tende a maximizar o efeito, sempre respeitando o estado nutricional e a saúde geral.
Quando não é recomendável estimular HSP70
Apesar de protetora, a indução de HSP70 nem sempre é segura. Situações de risco incluem:
Diabetes descompensado: O jejum ou outros estímulos podem aumentar glicemia, cetose e estresse oxidativo, com risco de descompensação.
Câncer ativo: HSP70 protege células tumorais, ajudando-as a resistir à morte celular e a tratamentos.
Doenças autoimunes e inflamatórias ativas: HSP70 extracelular pode amplificar inflamação, piorando condições como lúpus ou artrite reumatoide.
Infecções graves: Alguns patógenos exploram HSP70 para se replicar, tornando a indução arriscada.
Doenças cardiovasculares instáveis: Infarto recente, insuficiência cardíaca aguda ou arritmias podem se agravar com jejum prolongado, exercício intenso ou calor extremo.
Desnutrição ou estados catabólicos: A indução de HSP70 depende de estresse celular subletal; em estados de déficit nutricional, estímulos podem causar dano em vez de proteção.
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