Soluções dos Problemas Alimentares e Nutricionais no Brasil

A solução dos problemas nutricionais enfrentados pelo Brasil, caracterizados pela má nutrição e insegurança alimentar na infância e o aumento da incidência das doenças crônicas não-transmissíveis em adultos, especialmente nas população mais pobres depende de diversas estratégias que incluem inúmeros setores. Destacam-se:

- desenvolvimento de programas de educação nutricional nas escolas;

- capacitação de profissionais de saúde;

- coleta e consolidação dos dados sobre saúde e nutrição;

- levantamento das iniciativas de sucesso e definição de estratégias de comunicação;

- capacitação e educação nutricional para pessoal de nível técnico e superior, especialmente na área da saúde, e agentes comunitários, considerando-se hábitos alimentares e alimentos disponíveis de cada região;

- realização de pesquisas para levantamento e consolidação das informações sobre saúde e nutrição disponíveis no Brasil;

- formação de centros de referência em educação nutricional e promoção da alimentação saudável, com atenção especial às crianças desnutridas.

Como você pode ajudar? Comece melhorando a sua alimentação e a de sua família e ajude as pessoas a seu redor a ter uma alimentação e um estilo de vida mais saudáveis.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Chocolate amargo reduz pressão arterial

Um novo estudo alemão, publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA), publicado no dia 04 de julho, sugere que uma pequena quantidade diária de chocolate amargo pode diminuir a pressão arterial sem aumentar o peso ou outros riscos à saúde. Outros estudos já haviam chegado à mesma conclusão. A razão parece ser um composto benéfico do cacau, conhecido como polifenol .

Porém, o consumo exagerado de chocolate geralmente aumenta outros fatores de risco uma vez que neste alimento as quantidades de açúcar, gorduras e calorias são grandes. Por isso, as quantidades consumidas devem ser pequenas e a variedade deve ser amarga, a que tem menos açúcar. Neste estudo, 44 adultos com idades entre 56 e 73 anos, hipertensos, foram divididos em grupos. No grupo 1, os participantes ingeriram 6,3 gramas (30 calorias) ao dia de chocolate amargo (que contém 30mg de polifenóis) , enquanto no grupo 2 foi administrado o chocolate branco que não contém polifenóis. O experimento durou 18 semanas e mostrou uma redução na pressão sanguínea no grupo 1 enquanto não foi observada nenhuma mudança no grupo 2. Apesar das reduções observadas no grupo 1 terem sido pequenas é sabido que uma diminuição de apenas 3 mmHg na pressão sistólica já diminui o risco de infarto em 8%.

Estudos com maior duração ainda fazem-se necessários e não excluem a necessidade de hábitos saudáveis como a prática de atividade física, alimentação balanceada e abstinência de fumo.

Para saber mais: "Effects of Low Habitual Cocoa Intake on Blood Pressure and Bioactive Nitric Oxide: A Randomized Controlled Trial.". Dirk Taubert, Renate Roesen, Clara Lehmann, Norma Jung, and Edgar Schömig. JAMA. 2007; 298:49-60. Vol. 298 No. 1, July 4, 2007.

O chocolate 🍫 é feito do cacau (Theobroma cacao), iguaria rica em antioxidantes, magnésio e ferro. Quanto mais escuro o chocolate, maior a quantidade de cacau e melhor o teor de nutrientes interessantes para a nossa saúde. Eu adoro, e você? E será que combina com seu Dosha?

→ VATA: deve comer pouco e escolher o chocolate com adoçantes naturais. O cacau tem os aspectos leve e seco que ampliam a luz e a secura de vata, desequilibrando por excesso. A cafeína do chocolate pode gerar nervosismo e ansiedade.

→ PITTA: adicionar cardamomo ao chocolate para dar uma apaziguada, pois as qualidades aquecedoras e estimulantes do cacau lançam mais calor ao fogo de Pitta, que já tem tendência  à azia, acne e irritabilidade.

→ KAPHA: para este dosha a notícia é melhor, pois as qualidades amargas e quentes são opostas às pesadas e frias de kapha. O importante é comer de forma equilibrada, um pouco de chocolate amargo uma ou duas vezes por semana.

Entenda tudo no curso online: https://bit.ly/AYURVEDA-AT

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Folato e B12 são aliados da inteligência

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Você sabia que o folato, ou sua forma sintética, o ácido fólico, é importante para a saúde de seu cérebro? Fontes deste nutriente incluem vegetais de folhas verdes escuras, feijão, gema de ovo, germe de trigo, carnes magras e peixes. Suplementos também estão disponíveis para uso porém seu consumo deve ser cauteloso uma vez que a ingestão exagerada de folato pode mascarar deficiências da vitamina B12, resultando em declínio mental e outros problemas, principalmente nos nervos. A edição de julho do comunicado de saúde da clínica Mayo cobre este assunto.

Muitos estudos determinaram que o consumo adequado de folato reduz declínios cognitivos e diminui o risco de desenvolvimento da doença de Alzheimer. Esta vitamina também é importante durante a gestação afim de diminuir a incidência de doenças do tubo neural.

A vitamina B12, ou cianocobalamina, é fundamental para a formação de células vermelhas e para a função dos nervos. Sintomas de deficiência incluem sensação de formigamento e dormência, principalmente nas extremidades. A deficiência desta vitamina, causada pelo baixo consumo (principalmente em vegetarianos) ou por alterações no trato digestivo, também é uma das principais causas de depressão em idosos.

Tanto a deficiência de folato quanto a de B12 são responsáveis pela anemia megaloblástica. A suplementação com folato pode corrigí-la porém a deterioração cognitiva e de nervos só é corrigida com a suplementação da cianocobalamina. Além disso, quando não existe o diagnóstico de anemia a suspeita de deficiência de B12 não é levantada e a deterioração neurológica continua.

Por isso, uma dieta saudável que forneça quantidades adequadas de ambos os nutrientes é mandatória. Injira frutas, hortaliças, feijões, nozes e castanhas diariamente para melhorar a ingestão de folato. A vitamina B12 está disponível exclusivamente em alimentos de origem animal como carnes, laticínios e ovos. Se você não faz uso destes alimentos procure um nutricionista e converse sobre a suplementação deste nutriente imprescindível à sua saúde atual e futura.

ATENÇÃO! EXCESSOS NÃO SÃO INTERESSANTES!

Muitas pessoas preocupam-se com os baixos níveis de vitamina B12. É prática comum medir os níveis plasmáticos de B12 (cobalamina) em pessoas com suspeita de deficiência de B12 ou com fatores de risco associados (como adesão à dieta vegana, hipocloridria ou uso de antiácidos, pessoas com doenças inflamatórias intestinais) ou sintomas de cansaço ou comportamentos depressivos.

Porém, poucos profissionais preocupam-se com o excesso desta vitamina no plasma. O problema é que níveis elevados de vitamina B12 estão associados ao aumento do risco de câncer em curto prazo, como os hematológicos e cânceres relacionados ao uso de cigarro e álcool.

Um estudo realizado no Reino Unido e publicado em 2019 examinou os dados de mais de 750.000 pacientes do país. O risco de câncer foi maior em pessoas com níveis plasmáticos elevados de B12 (B12> 1.000 pmol / L). Outro estudo, realizado na Dinamarca, associou maior risco de câncer com B12> 800 pmol / L.

O câncer pode afetar o metabolismo da B12 ao afetar os níveis dessas proteínas de ligação à B12 que, por sua vez, dão origem a níveis elevados de B12 no plasma. A associação mostrou um padrão de dose-resposta não linear e permaneceu robusta em análises estratificadas, inclusive ao reduzir o risco de confusão por indicação em subanálises. Os riscos foram particularmente elevados para câncer de fígado, câncer de pâncreas e malignidades mieloides entre pessoas com níveis elevados de B12 (Arendt et al., 2019).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/