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D-lactato e depressão: cuidado com o excesso de suplementação probiótica

December 22, 2025

Não suplemente sem orientação

O intestino na depressão é complexo. Certas bactérias podem ajudar, enquanto outras podem atrapalhar. A produção de D-lactato por determinadas bactérias e seu potencial efeito neurotóxico é um tema de crescente interesse na comunidade científica, especialmente no contexto de doenças metabólicas e infecciosas.

O lactato é um composto orgânico produzido naturalmente pelo corpo durante a fermentação láctica, um processo metabólico que ocorre quando as células não possuem oxigênio suficiente para produzir energia. Existem dois tipos de lactato: o L-lactato, que é a forma mais comum, e o D-lactato.

A diferença entre L-lactato e D-lactato reside na sua estrutura molecular: são moléculas que são imagem especular uma da outra, como a mão direita e a esquerda. Essa diferença estrutural pode conferir propriedades biológicas distintas.

Bactérias Produtoras de D-Lactato

Diversas bactérias são capazes de produzir D-lactato, incluindo:

  • Bactérias intestinais: Algumas bactérias presentes no intestino humano, como Lactobacillus e Enterococcus, podem produzir D-lactato em determinadas condições.

  • Bactérias patogênicas: Bactérias como Streptococcus pneumoniae e Listeria monocytogenes também são capazes de produzir D-lactato.

L-lactato é produzido durante a glicólise anaeróbica a partir do piruvato. O D-lactato é produto da via do metilglioxal, produzido em grandes quantidades na disbiose intestinal (Remund, Yilmaz, & Sokollik, 2023).

Efeito Neurotóxico do D-Lactato

A acumulação de D-lactato no organismo pode levar a diversos problemas de saúde, incluindo:

  • Encefalopatia láctica: Uma condição caracterizada por disfunção cerebral causada pela acumulação de ácido láctico no sangue.

  • Neuropatia: Danos aos nervos periféricos.

  • Convulsões: Atividade elétrica anormal no cérebro.

  • Coma: Estado de inconsciência profunda.

O mecanismo exato pelo qual o D-lactato exerce seus efeitos neurotóxicos ainda não está completamente elucidado. No entanto, acredita-se que o D-lactato possa interferir com o metabolismo energético cerebral, causar danos oxidativos e induzir apoptose (morte celular programada) nas células nervosas.

Fatores de Risco

A suscetibilidade aos efeitos neurotóxicos do D-lactato pode ser influenciada por diversos fatores, incluindo:

  • Doenças metabólicas: Pessoas com doenças como a doença de Leber e a deficiência de vitamina B12 têm maior risco de desenvolver encefalopatia láctica.

  • Infecções: Infecções por bactérias produtoras de D-lactato podem aumentar os níveis de D-lactato no organismo.

  • Insuficiência renal: Os rins são responsáveis por eliminar o lactato do organismo. A insuficiência renal pode levar ao acúmulo de D-lactato.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico da encefalopatia láctica causada pelo D-lactato envolve a análise dos níveis de D-lactato no sangue e no líquido cefalorraquidiano, além de exames de imagem do cérebro.

O tratamento da encefalopatia láctica depende da causa subjacente e pode incluir:

  • Antibióticos: Para tratar infecções bacterianas.

  • Hemodiálise: Para remover o excesso de D-lactato do sangue.

  • Tratamento das doenças metabólicas subjacentes.

Em resumo, o D-lactato produzido por determinadas bactérias pode ter efeitos neurotóxicos significativos. A compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos e a identificação de novos alvos terapêuticos são áreas de pesquisa ativa.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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