Jejum e o SISTEMA IMUNE

O jejum é uma prática milenar e que passou a ser melhor estudado pela ciência há cerca de uma década. Em 2014 foi publicado um primeiro artigo sobre jejum e sistema imune. Na pesquisa, os investigadores relataram uma melhoria da imunidade com 3 dias de jejum (Cheng et al., 2014)

Acontece que nem todo jejum é igual. Existe o jejum de horas, existe o jejum de dias. Certos compostos gerados durante o jejum podem sim resultar em mudanças potentes no metabolismo, estimulando o sistema imune. Quando reduzimos o consumo de alimentos somos obrigados a utilizar a gordura estocada. Neste processo produzimos beta hidroxibutirato, que é benéfico à saúde ao longo da vida.

Agora, uma coisa é jejum de curto prazo. Outra coisa é a fome de longo prazo, que gera inanição, redução de proteínas corpóreas, deficiências nutricionais e queda da imunidade. O benefício do jejum depende da forma como o corpo lida com a escassez de nutrientes, da duração e intensidade da restrição calórica (Jordan et al., 2019).

A revisão de Wu e colaboradores (2019) resume nutrientes e compostos bioativos importantes para a modulação da imunidade:

Funções das células imunes afetadas pelas vitaminas D e E, zinco (Z), n-3 PUFA (n-3), probióticos (PB) e EGCG (EG). Os efeitos dos probióticos citados aqui são para algumas cepas; dada a natureza específica da cepa para os efeitos dos probióticos, esses resultados não devem ser generalizados (Wu et al., 2019).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/