Terapias integrativas no tratamento da tireóide

A tireoide é uma glândula pequena que fica perto da base da garganta. Produz hormônios que são responsáveis ​​pelo crescimento, produção de energia e controle do metabolismo (inclusive quantas calorias somos capazes de queimar).

Quando a disfunção tireoidiana é grave acaba sendo rapidamente detectada no hospital. O problema é que muitas pessoas apresentam disfunções leves que, apesar de causarem mal estar, passam despercebidas nas consultas.

A produção do hormônio tireoidiano pela glândula tireóide é governada no cérebro, por uma glândula chamada hipófise anterior. Esta glândula envia mensagens à tiróide, informando-a se deve ou não produzir T3 e T4 e em qual quantidade. A mensagem é levada pelo hormônio estimulador da tireóide (TSH). Este hormônio pode ser avaliado por um teste de sangue, e é o principal teste para avaliação da função tireoidiana.

Em resposta à quantidade de TSH, a tireóide produzo o T4 (tiroxina) que será depois convertido em sua forma ativa (T3) no fígado, nos rins e também no cérebro. O T3 ativo entrará depois em todos os tipos de células para controlar o metabolismo de carboidratos, proteínas, lipídios, a queima de gordura e a produção de energia.

Quando pouco T4 e T3 são produzidos aparecem sintomas do hipotireoidismo, como cansaço, ganho de peso, fraqueza, pele ressecada, perda de cabelo, prisão de ventre e intolerância ao frio. Por outro lado, se a tireóide trabalha demais surgem os sintomas do hipertireoidismo, como suor excessivo, perda de peso e músculo, intolerância ao calor, fraqueza muscular, diarreia, ansiedade, nervosismo, irritabilidade, dificuldade para dormir, palpitações e aumento da pressão arterial.

O problema mais comum é o hipotireoidismo, que tem diversas causas:

  • disfunções imunológicas

  • contato com vírus e bactérias

  • estresse físico e mental

  • contato com metais pesados

  • deficiência de nutrientes (iodo, ferro, zinco, selênio, aminoácidos, vitamina A)

  • consumo excessivo de alimentos bociogênicos

Muitos profissionais, quando identificam a tireoidite de Hashimoto (condição autoimune) ou o hipotireoidismo subclínico (TSH elevado mas T3 e T4 normais ou limítrofes), sugerem apenas acompanhamento. Isto significa esperar até que os exames estejam ruins o suficiente para que medicamentos possam ser indicados. Não é uma boa ideia.

Valores ideais dos exames no tratamento da tireóide

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Não espere os sintomas piorarem, avalie as causas, assuma a responsabilidade pela sua saúde. Consulte um nutricionista para a correção de carências nutricionais. Avalie também intolerância ao glúten, ao leite e a outros alimentos, trate a disbiose intestinal e adote uma dieta mais natural. A dieta antiinflamatória é muito importante! O jejum intermitente também pode ajudar demais no controle da inflamação.

Em relação à suplementação indica-se também silício (200 a 300 mg/dia), vitamina D, magnésio, além de outros nutrientes que estejam baixos na dieta ou nos exames solicitados. Sugiro que mulheres avaliem também outros desequilíbrios hormonais. Altos níveis de estrogênio aumentam a proteína que se liga aos hormônios da tireóide no sangue. Quando o hormônio da tireóide está ligado a essa proteína, ela permanece inativa. Podemos conversar sobre o tema durante a consultoria.

Práticas integrativas como yoga e meditação parecem afetar positivamente a secreção de hormônios, quando a causa da disfunção é o estresse emocional. A escolha da melhor prática depende da personalidade e dos gostos de cada pessoa e podem também incluir atividade física, musicoterapia, reiki ou massagens, reconhecidas por reduzirem o estresse, a ansiedade, a irritabilidade e os distúrbios do sono. A aromaterapia também é uma estratégia interessante. Neste sentido, os óleos essenciais de mirra, gerânio e laranja (4 gotas de cada) podem ser indicados por contribuírem relaxando e desinflamando o corpo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Alimentação para mulheres que desejam engravidar

Dois em cada dez casais apresenta alguma dificuldade para gerar um bebê. Muitos fatores contribuem para isto como o avanço da idade, problemas anatômicos ou psicológicos, infecções pélvicas, miomas uterinos, endometriose, carências nutricionais e síndrome dos ovários policísticos. Nos homens, a varicocele (dilatação das veias de drenagem dos testículos) é uma das causas. Já escrevi ou gravei vídeos sobre vários destes temas (clique nos links). No vídeo de hoje o foco é a alimentação para correção da hiperinsulinemia e das carências nutricionais.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Práticas integrativas para a perda de peso

O excesso de gordura, especialmente na região abdominal, está associado a maior risco de diabetes, doenças cardíacas e esteatose hepática. Mas perder peso pode ser difícil, especialmente se a sua dieta o deixa faminto e desmotivado. Algumas dicas:

1) Mantenha-se seu corpo hidratado

A sede é frequentemente com fome e pode piorar a compulsão alimentar. Beba um copo de água a cada hora. Outra opção é consumir chás que aceleram o metabolismo - chá verde, chá branco, chá mate, chá oolong, chá de hibiscus, chimarrão.

2) Consuma boas fontes de proteína e gordura

Ovos, amêndoas, peixes, tofu, quinoa, grão de bico, feijão, lentilha mantém o corpo satisfeito por mais tempo. Boas fontes de gordura como azeite de oliva, castanhas e abacate também ajudam a controlar o apetite.

3) Mantenha os alimentos que desencadeiam a compulsão fora de casa

Está tudo correndo bem até que você alcança o pacote de biscoitos? Então mantenha-o fora de casa. Sabe como é: longe dos olhos, longe do coração. Não passe fome, mas escolha seus alimentos com sabedoria. Quer um docinho? Que tal uma banana com canela? A canela ajuda a equilibrar os níveis de insulina, reduzindo a compulsão alimentar.

4) Vai comer? Dê preferência aos alimentos naturalmente presentes em sua região e evite os alimentos ultraprocessados. O guia alimentar para a população brasileira mostra fotos de pratos saudáveis, para você escolher. Não esqueça de caprichar nas verduras!

5) Faça uma atividade física para preservar sua massa magra. Pode ser yoga, musculação, hidroginástica, dança… Movimente-se pelo menos três vezes por semana.

6) Coma devagar. Quando comemos rápido demais acabamos consumindo mais calorias do que precisamos. Sente-se à mesa, coma lentamente, pousando os talheres na mesa enquanto mastiga.

7) Durma bem. O corpo precisa de sono profundo para reparar células e tecidos. Sem dormir bem, você produz mais cortisol, apresenta maior irritabilidade e compulsão no dia seguinte. A motivação para movimentar o corpo também diminui quando o corpo está exausto.

8) Siga as dicas do Ayurveda: a medicina milenar nascida na Índia. Está muito agitado, na mente e no corpo? Reduza o consumo de açúcar. Inclua nas preparações ervas digestivas como cardamomo, coentro, brahmi, jatamansi e ashwagandha, que também acalmam a mente. Sente-se muito impulsivo e irritado? Corte açúcar, café e carne vermelha. Dê preferência a alimentos refrescantes como saladas e tempere com açafrão. Seu problema é a preguiça? Capriche na pimenta preta, gengibre, açafrão, nos vegetais e ervas amargas.

9) Adote uma técnica antiestresse. Massagem, meditação, acupuntura e aromaterapia ajudam a relaxar, a equilibrar o organismo e a reduzir a ansiedade, o que é fundamental para o emagrecimento. Sentindo uma sobrecarga emocional gigante? Procure um bom terapeuta. Vale a pena.

10) Desinflame seu corpo. Quanto mais inflamado está o corpo, mais difícil fica emagrecer. Cigarro, álcool, uso de medicamentos sem indicação, consumo de alimentos alergênicos ou cheios de corantes, conservantes e adoçantes inflamam o corpo. O consumo de alimentos e condimentos ricos em fitoquímicos, fibras, vitaminas e minerais desinflama o corpo. Capriche na salsinha, cebolinha, orégano, alecrim, manjerona, manericão, sálvia, gengibre, hortelã, chia, ameixa, romã, maçã, uva, batata doce, goiaba, repolho roxo, mirtilo, aveia, cereja, amora, couve, tangerina, castanha do Brasil, manga, espinafre, berinjela e brócolis.

Consultoria para perda de peso

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/