Interferência da suplementação de biotina no exame de tireóide

Atendo muitas pessoas com alterações genéticas que afetam o metabolismo da biotina (vitamina B7). Esta vitamina é um cofator essencial para enzimas carboxilases envolvidas no metabolismo de ácidos graxos, degradação da leucina e gliconeogênese. Polimorfismos genéticos que alteram absorção ou uso desta vitamina aumentam o risco de sintomas como cansaço, depressão, dores musculares, anemia, problemas autoimunes (como esclerose múltipla), convulsões, hipotonia muscular, desequilíbrio, alterações na visão, audição e pele.

Resultado de exame genética de criança com síndrome de Down (porém não é só na SD que observamos estas alterações).

Resultado de exame genética de criança com síndrome de Down (porém não é só na SD que observamos estas alterações).

COMO AVALIAR E SUPLEMENTAR BIOTINA?

Mas atenção: o uso de quantidades altas de biotina pode alterar exames de tireóide, que voltam a normalizar com a suspensão da vitamina. É importante levar isto em consideração para não gerar um falso diagnóstico de alteração da tireóide (Elston et al., 2016). A biotina liga-se aos hormônios alterando o resultado do imunoensaio mas não quer dizer que a tireóide não esteja funcionando ou não produzindo doses adequadas de T3 e T4.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/