Tratamento da doença de Graves

A doença de Graves é uma doença autoimune bastante comum em que o sistema imunológico do corpo cria anticorpos para o receptor do hormônio tireoestimulante (TSH). Este hormônio é produzido no cérebro, pela hipófise, e tem como finalidade estimular a tireoide a produzir os hormônios T3 e T4, que controlam todo o metabolismo. Quando há produção de anticorpos para TSH é comum um estímulo excessivo na função da glândula tireoide, com produção excessiva de T3 e T4 e sintomas de hipertireoidismo.

Manifestações clínicas da doença de Graves e hipertireoidismo

Os sintomas mais comuns da doença de Graves incluem:

  • excesso de calor corporal,

  • diarreia devido ao trânsito gastrointestinal mais rápido

  • tremores,

  • taquicardia (frequência cardíaca acelerada)

  • exoftalmia - "saliência dos olhos"

Causas da doença de Graves

O excesso de ferro no organismo é associado a maior risco de doença de Graves, principalmente se houver uma tendência genética. Como resultado o exame de sangue apontará baixa produção de TSH e aumento do hormônio T4 circulante.

Tratamento da doença de Graves

A doença de Graves é mais comumente tratada com medicamentos que bloqueiam o metabolismo dos hormônios da tireoide ou com outros medicamentos, como iodo radioativo, que causa destruição da glândula tireoide. Neste caso, o resultado é o hipotireoidismo, que será posteriormente tratado com hormônios da tireóide.

O melhor tratamento não farmacológico para hipertireoidismo é o aminoácido L-carnitina (1 a 4 gramas ao dia) por via oral. A carnitina impede a entrada do hormônio tireoidiano no núcleo da célula, bloqueando a maioria dos efeitos do excesso de hormônio tireoidiano.

Como a doença de Graves é uma doença autoimune, deve-se dar atenção à normalização da função imunológica (imunomodulação nutricional) e à remoção dos gatilhos da autoimunidade, como alimentos alergênicos / imunogênicos, infecções microbianas disbióticas e xenobióticos. Discuto mais sobre este tema neste curso online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Tipos de hipertireoidismo

Apresentação clínica do hipertireoidismo: o padrão clínico do excesso da tireoide tem um foco mais estreito e, portanto, mais previsível e consistente do que o apresentação de baixa função tireoidiana. As manifestações clínicas de hipertireoidismo geralmente se enquadra em três categorias: hiper-adrenérgico, hipermetabólico e oftalmológico / ocular.

Manifestações clínicas do hipertireoidismo

  1. Hiperadrenérgico: acompanhado de taquicardia, tremores, sudorese, insônia e uma sensação de nervosismo e agitação devido. Acontece pela regulação positiva do tônus ​​adrenérgico e algum grau de hipertermia. Há aumento da produção de dopamina e noradrenalina, aumentando a incidência de manias, psicose e hipersexualidade,

  2. Hipermetabólica: neste tipo há aumento da frequência fecal ou da diarreia, pelo trânsito intestinal acelerado. Há elevação da temperatura corporal e perda de peso devido ao aumento da taxa metabólica geral.

  3. Oftalmológico / ocular: em casos crônicos, particularmente quando há autoimunidade, surge a exoftalmia (globos oculares saltados para fora). Há acúmulo de colágeno (atrás do olho e dentro dos músculos extraoculares, levando a fraqueza muscular), assim como aumento de glicosaminoglicanos (GAGs), com edema concomitante.

Tratamento do hipertireoidismo

O médico endocrinologista precisará ser consultado para avaliar a melhor estratégia de tratamento, que pode envolver medicação, tratamento com iodo radioativo (iodoterapia) ou cirurgia. Além disso, o paciente precisará ser acompanhado por nutricionista, para que consiga manter ou ganhar peso, regular a função intestinal e reduzir a autoimunidade.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Resistência ao hormônio da tireóide

A síndrome de sensibilidade prejudicada ao hormônio tireoidiano, também conhecida como síndrome de resistência ao hormônio da tireóide, é uma condição hereditária que ocorre em 1 a cada 40.000 nascidos vivos. Caracteriza-se por uma capacidade de resposta reduzida dos tecidos-alvo ao hormônio tireoidiano devido a mutações no receptor do hormônio tireoidiano.

Genes para o receptor do hormônio da tireóide (RHT)

Depois de produzidos, os hormônios precisam se ligar à receptores nas membranas das células. Se estes receptores não funcionam, o paciente desenvolve resistência ao hormônio da tireóide (RTHβ, RTHα). O diagnóstico de RHT é desafiador para o clínico, mas deve ser considerado quando um paciente apresenta níveis elevados inexplicáveis de T4 livre sérico (fT4) e níveis de TSH não suprimidos, bem como uma relação T4 / T3 livre sérica reduzida.

Devido à apresentação sintomática inespecífica, esses pacientes podem ser diagnosticados incorretamente se o médico da atenção primária não estiver familiarizado com a condição. Isso pode resultar em frustração para o paciente e, às vezes, em tratamentos invasivos desnecessários, como a ablação com iodo radioativo.

Ao tratar esses pacientes, deve-se concentrar-se nos sintomas e no quadro clínico do paciente, em vez de buscar normalizar os níveis dos hormônios tireoidianos. A maioria dos pacientes, se deixados sozinhos, superam adequadamente a resistência por meio do aumento da secreção do hormônio tireoidiano e, portanto, não precisam de tratamento. Claro, alguns pacientes precisarão utilizar hormônios tireoidianos, mas devem ser monitorados de perto pelo endocrinologista. Pacientes que apresentam sintomas de hipertireoidismo podem precisar ser tratados sintomaticamente com betabloqueadores ou ansiolíticos, entre outros, dependendo dos sintomas predominantes (Rivas, & Lado-Abeal, 2016).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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