Vaca medicada emite mais metano

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No gado, antibióticos servem para combater infecções. Hormônios são usados para acelerar o crescimento. Porém, estudos mostram que animais medicados produzem mais metano, acelerando as mudanças climáticas. A descoberta é de pesquisadores da Universidade do Colorado. Os mesmos fizeram a análise de vacas que tomaram tetraciclina, um antibiótico leve. Eles perceberam que o estrume das mesmas emitia o dobro de metano das vacas não medicadas. 

O que acontece é que os antibióticos matam as bactérias boas presentes no trato digestório. Com isso, crescem aquelas que produzem gases como o metano, um dos grandes vilões do efeito estufa.

A opção é o método biodinâmico, uma alternativa para a produção de carnes e laticínios sem antibióticos, hormônios, micotoxinas e agrotóxicos. Este método trata o solo, as plantas e a pecuária conjuntamente. Os animais, por exemplo, podem ser tratados, quando necessário, com fitoterapia e homeopatia. No processo biodinâmico a pasteurização do leite é feita ainda de forma bem lenta, para que vitaminas lipossolúveis e enzimas não sejam perdidas. 

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Dieta rica em gordura - previna problemas intestinais e inflamação

Muita gente está optando pela dieta cetogênica, rica em gorduras, para o controle do peso ou tratamento de condições de saúde. Contudo, os efeitos terapêuticos da dieta cetogênica dependem da qualidade da microbiota intestinal. Uma dieta cetogênica de bacon, carne e manteiga reduz a diversidade da microbiota intestinal, o que influencia negativamente a saúde.

Estudos em animais mostram que a dieta rica em gordura mal feita altera a permeabilidade intestinal, piora a composição da flora bacteriana, aumenta a circulação de endotoxinas (Bruce-Keller et al., 2015), aumenta em longo prazo o risco de ganho de peso, intolerância à glicose (Meireles et al., 2016) e neuroinflamação (Meireles et al., 2015).

Já a dieta cetogênica feita da forma certa, rica em fibras e fitoquímicos melhora a riqueza e diversidade da microbiota. Isto, associado à redução da glicemia, gera mudanças epigenéticas, na forma como seus genes comportam-se. Com isso, há reprogração metabólica, garantindo flexibilidade mitocondrial e gerando os efeitos positivos (cetoterapêuticos) incluindo menor risco de neurodegeneração.

A inflamação do cérebro atrapalha a neuroplasticidade (Szabó, Kelemen, & Kéri, 2014), ou seja, a capacidade do sistema nervoso em mudar, adaptar-se e moldar-se ao longo do processo de desenvolvimento e quando as pessoas passam por novas experiências.

Com isso, o risco de depressão, perturbações do sono e problemas de memória aumentam (Meireles et al., 2016). Para contrabalançar estes efeitos toda dieta deve ter quantidades adequadas de substâncias antiinflamatórias, fibras, ômega-3 e probióticos. Quanto mais a dieta for rica em gordura provavelmente maior será a necessidade destes compostos. 

Outras estratégias importantes para o combate à inflamação:

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Suco de laranja melhora a flora intestinal

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O primeiro estudo mundial sobre os efeitos do suco de laranja das variedades baía e cara-cara no intestino humano foi conduzido pela pesquisadora Elisa Brasili, ligada ao Centro de Pesquisa em Alimentos da Universidade de São Paulo (USP).

A laranja possui vários flavonóides como hespiridina, naringenina e hesperidina, que acabam produzindo mudanças benéficas na composição da microbiota intestinal. De acordo com a pesquisadora após a ingestão do suco de laranja-baía foi observado um aumento das famílias de bactérias Veillonellaceae e Ruminococcaceae que possuem diversas funções benéficas ao organismo humano, incluindo a redução do risco de doenças inflamatórias intestinais.

Estas bactérias pertencem a classe Clostridia, que não é composta apenas de bactérias patogênicas, como aquela que causa o botulismo. Pelo contrário, algumas têm efeitos positivos no intestino, auxiliando na manutenção de suas funções e em seu equilíbrio.

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Já após a ingestão do suco de laranja cara-cara foi observado um aumento significativo nas famílias das bactérias Mogibacteriaceae e Tissierellaceae, cuja abundância relativa se encontra alterada em várias doenças, tais como no Parkinson. A pesquisadora conta que apesar da cara-cara ainda não ser uma variedade comercializada, há empresas investindo na produção do suco para que se conheça melhor sua composição.

A laranja cara-cara tem um conteúdo muito grande de licopeno, um carotenoide não muito comum nas outras variedades de laranjas. O licopeno é mais comum em outras frutas, como os tomates, melancia e goiaba vermelha e apresenta atividades anticâncer e anti-inflamatória. Segundo Elisa, em pessoas com câncer ou com obesidade a presença dessas bactérias na microbiota é menor.

A pesquisadora destaca, porém, que a mudança operada na microbiota com a ingestão dos sucos de laranjas baía e cara-cara é transitória. Quando o indivíduo muda de novo seu padrão de dieta, a microbiota se altera novamente. “É como tomar probióticos. Quando você ingere, há benefícios. Quando para de tomar, os benefícios diminuem.”

Segundo ela, o passo seguinte é investigar, nos próximos anos, a possibilidade de indicar o consumo de suco de laranja para ajudar a equilibrar a microbiota de populações ou indivíduos que tenham a composição da sua microbiota intestinal alterada, como os que sofrem de doenças inflamatórias intestinais crônicas e os obesos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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