Diabetes tipo 2 aumenta o risco de doença de Alzheimer

O diabetes tipo 2 (DM 2) é uma doença que afeta atualmente mais de 180 milhões de pessoas no mundo. A estimativa é que este número continue a crescer chegando a mais de 300 milhões de pessoas em 2025, como consequência do crescimento populacional, do envelhecimento, da obesidade e do sedentarismo (Ciudin, 2016).

Pesquisas mostram que pessoas com DM 2 possuem maior risco de desenvolvimento de demência, tanto de origem vascular, quanto Alzheimer por acúmulo de beta amilóide e proteína TAU no cérebro. 

Existe uma associação entre a hiperglicemia e a atrofia cerebral (Espeland et al., 2013Saedi et al., 2016). Por isto, uma escala para avaliação de alterações cognitivas no diabetes foi proposta para avaliar anormalidades antes do diagnóstico de demência:

a) disfunção cognitiva associada a diabetes, com alterações de memória e nas provas neuropsicológicas (geralmente 0,3 a 0,5 pontos abaixo de pessoas sem diabetes);

b) deterioração cognitiva leve em que há pontuação 1 a 1,5 pontos menor. Os problemas de memória agravam-se, apesar da pessoa conseguir desempenhar suas atividades cotidianas. Estes pacientes precisam modificar hábitos e aderir ao tratamento visto que a chance de desenvolverem demência oscila entre 10 e 30% (Koekkoek et al., 2015).

O controle glicêmico ótimo e a prevenção da glicação de proteínas, por meio de uma dieta rica em antioxidantes é fundamental para a prevenção de complicações da doença e também a deterioração cognitiva.  Aprenda o que é glicação:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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