A insulina é um hormônio, uma substância mensageira. Ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue e o metabolismo informando à célula que a glicose (um tipo simples de açúcar) precisa entrar. A insulina é produzida no pâncreas, um órgão localizado atrás do estômago. Sem insulina sendo produzida ou liberada o corpo não consegue usar o açúcar para produção de energia.
Com a insulina trabalha?
Quando comemos uma fruta, um pão, arroz ou um doce, estes alimentos chegam ao intestino e são digeridos, quebrados até seus constituintes mais simples como aminoácidos, ácidos graxos, glicose e frutose. Cada uma dessas substâncias será absorvida e chegará à corrente sanguínea. As células beta do pâncreas percebem tudo isso. Começam então a produzir e liberar insulina, com base nos níveis de açúcar presentes no sangue. Esta liberação ocorre em duas fases:
As células do fígado, do músculo e do tecido adiposo (onde estocamos gordura) possuem receptores para insulina. Este hormônio se liga a dois locais distintos do receptor, que, por sua vez, ativa uma complexa rede de sinalização intracelular por meio de proteínas IRS e das cascatas canônicas PI3K e ERK.
Se os receptores não funcionam bem (por inflamação, estresse oxidativo aumentado, obesidade), a pessoa desenvolve resistência ao hormônio insulina e os níveis de açúcar no sangue começam a aumentar. Para que o receptor volte a funcionar bem é necessária a adoção de uma dieta com características antiinflamatórias, controle do peso (com restrição de carboidratos e atividade física regular).
Se a glicemia não é controlada os níveis de insulina podem aumentar cada vez mais. Só que o pâncreas vai se cansando e, ao longo dos anos, pode surgir o diabetes, doença comum, que afeta 1 em cada 10 adultos em todo o mundo. Para garantir maior longevidade os níveis sanguíneos de insulina não podem ultrapassar 10 mg/dl. Para pessoas com maior risco de diabetes e Alzheimer o nível ideal fica abaixo de 5 mg/dl.
Já o diabetes tipo 1 costuma ter origem na infância, por problemas autoimunes. Ou seja, o sistema imunológico ataca e destrói as células beta do pâncreas que produzem insulina. Tanto no diabetes tipo 1, quanto no tipo 2, o aumento dos níveis de glicose sanguínea geram alterações metabólicas e podem danificar vasos sanguíneos e órgãos como olhos, coração e rins.