O que aprendi com o yoga, que não havia aprendido com mestrado e doutorado?

Eu escrevo um diário há anos. Relendo minhas anotações recentemente percebi o quanto o yoga tem estado presente e me ajudado, nos dias ruins e nos dias bons. Pratiquei yoga na gestação, pratiquei muito durante o doutorado e incorporei de verdade os ensinamentos em minha vida. O yoga gerou muitas lições, bem diferentes das que aprendi na universidade.

Praticando as diferentes técnicas descobri a força da minha mente e do meu corpo. Com a prática vi que posso sempre desenvolver-me, sempre superar-me. O yoga deixou-me mais confortável com meu próprio corpo, melhorou meu autocontrole e me deu algo verdadeiro em que me apoiar.

Muitas vezes na vida não sabemos se as coisas estão bem. Como saber se estou sendo uma boa mãe, uma boa filha, uma boa professora, uma boa amiga, uma boa pesquisadora, uma boa pessoa? Mas com o yoga não tem isso. Estendemos o tapete e a prática é óbvia. Sabemos quais as posturas conseguimos e quais não conseguimos fazer. A prática nos dá claridade sobre nossas limitações. Também mostra que tudo tem seu tempo e tudo está bem. A cada conquista vamos desenvolvendo maior autoconfiança, maior senso de valor próprio, além de mais saúde e bem estar. E com saúde, temos energia para correr atrás de tudo o que desejamos. As práticas meditativas nos deixam mais calmos e criativos o que reflete-se no trabalho.

O yoga também vem embrulhado em uma série de valores que permitem que nos transformemos em uma versão melhor de nós mesmos. Além disso, nos aproxima de pessoas que estão no mesmo caminho do autoconhecimento, que querem continuar crescendo, melhorando-se e contribuindo para um mundo melhor.

DESAFIO - 1 ANO DE YOGA
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Frutas secas: boas ou ruins para você?

Muitas pessoas têm dúvidas em relação às frutas desidratadas. Enquanto uns acreditam que é super saudável, outros não consomem de jeito nenhum, acreditando serem muito engordativas. Frutas, como ameixas, maçãs, uvas, tâmaras, figos, damascos, tâmaras e abacaxi, podem ser desidratadas até perderem praticamente todo o conteúdo de água, por meio de métodos de secagem.

Vantagens

Frutas secas demoram mais tempo para estragar, podendo ser armazenadas fora da geladeira. É um lanche útil especialmente para viagens longas. São super nutritivas, contendo mais fibras, vitaminas (com exceção da vitamina C) e minerais do que o mesmo volume de fruta fresca. São ótimas fontes de antioxidantes, especialmente polifenóis, que ajudam a melhorar o fluxo sanguíneo, a saúde digestiva e o risco de danos oxidativos.).

Desvantagens

Frutos secos são ricos em açúcares (glicose, frutose) e calorias. O teor de açúcares nas frutas secas varia entre 38 e 59%:

- Uva passas: 59% - Tâmaras: 64-66% - Ameixas: 38%

- Pêssego: 53% - Figo: 48%

Uma pequena porção de passas contém 84 calorias e, entre 22 a 51% das calorias das frutas secas vem da frutose. Como é fácil comer grandes quantidades por vez, a quantidade de açúcar no plasma pode aumentar a níveis não saudáveis. Algumas empresas também cobrem as frutas secas com mais açúcar ou xarope de glicose, o que aumenta ainda mais o problema. Leia sempre a lista de ingredientes dos produtos antes de comprar. Algumas empresas também acrescentam sulfitos ao produto, o que pode gerar cólicas, erupções cutâneas ou mesmo ataques de asma, em pessoas sensíveis. Os sulfitos são adicionados para preservar a cor do produto por mais tempo.

Fruta seca x fruta in natura

AMEIXAS

Ameixas são maravilhosas para o intestino e estudos mostram que o consumo de ameixas secas ajudam a manter ossos saudáveis e reduzir o risco de osteoporose.

  • 50g de ameixa seca: 120 kcal, 32g de carboidratos

  • 50g de ameixa in natura: 30 kcal, 6,5g de carboidratos

MAÇÃ

Sempre compro maçã desidratada quando vou viajar. Ocupa pouco espaço na bolsa, não mele, fornece calorias para não passar fome e é uma opção mais saudável do que a maioria dos alimentos dos aeroportos. As escolhas dependem dos momentos, da sua programação das outras refeições, de estar precisando de mais ou menos calorias... Veja a diferença entre a maçã in natura e a maçã desidratada:

  • 50g de maçã desidratada: 122 kcal, 33g de carboidratos

  • 50g de maçã in natura: 26 kcal, 7g de carboidratos

UVA

  • 50g de uva passa: 150 kcal e 39g de carboidratos

  • 50g de uva in natura: 34 kcal e 9g de carboidratos

FIGOS

VOCÊ ESTÁ PRECISANDO COMER MAIS OU MENOS CALORIAS E CARBOIDRATOS? A ESCOLHA DOS ALIMENTOS É MUITO IMPORTANTE!

  • 50g de figo seco: 142 kcal e 32g de carboidratos -

  • 50g de figo in natura: 37 kcal e 10g de carboidratos

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Sintomas do hipotireoidismo a partir dos 60 anos (e tratamento ayurvédico)

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Algumas pessoas com mais de 60 anos têm poucos, se algum, sintomas clássicos de hipotireoidismo, enquanto outros apresentam os mesmos sintomas que os mais jovens. Outros ainda têm sintomas de hipotireoidismo que não são típicos, tornando o diagnóstico mais difícil. De acordo com comunicado da Universidade de Harvard qualquer um dos seguintes sinais e sintomas abaixo podem indicar hipotireoidismo em uma pessoa idosa, exigindo rastreamento laboratorial.

  • Aumento do colesterol: esta é, muitas vezes, a única evidência de uma tireóide pouco ativa em uma pessoa idosa. O problema pode ser diagnosticado como um distúrbio de colesterol em vez de hipotireoidismo.

  • Insuficiência cardíaca: contrações mais fracas do músculo cardíaco e ritmo cardíaco mais lento podem ser causados ​​por baixos níveis de hormônios tireoidianos, contribuindo para a insuficiência cardíaca, uma condição séria que ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo. O bombeamento ineficaz também faz com que o sangue volte para as veias que devolvem o sangue ao coração. O sangue volta até os pulmões, o que faz com que fiquem congestionados com o líquido. Os sintomas de insuficiência cardíaca incluem falta de ar, inchaço nos tornozelos, fraqueza e fadiga.

  • Alterações do movimento intestinal: a prisão de ventre é muito comum constipação porque as fezes se movem mais lentamente através dos intestinos quando há queda na produção de hormônios tireoidianos. Um sintoma menos comum de hipotireoidismo é o surto frequente de diarréia - um problema mais comumente associado ao hipertireoidismo. Um dado importante é que algumas pessoas com uma doença auto-imune da tireoide, como a de Hashimoto, também têm a doença celíaca, outra condição auto-imune que pode causar diarréia.

  • Dor articular ou muscular: A dor articular vaga é um sintoma clássico de hipotireoidismo. Às vezes, é o único sintoma de hipotireoidismo em uma pessoa idosa. Muitas pessoas experimentam dores musculares gerais, particularmente em grandes grupos musculares como os das pernas.

  • Problemas psiquiátricos: a depressão clínica é um sintoma comum em pessoas mais jovens com hipotireoidismo, podendo também afetar os idosos, sendo o único sintoma do hipotireoidismo. Alguns adultos mais velhos também desenvolvem psicose com comportamento delirante ou alucinações.

  • Demência: perda de memória debilitante, que é frequentemente, mas nem sempre, acompanhada por depressão ou psicose, também pode ser o único sintoma de hipotireoidismo. Faça exames de saúde regulares e inclua os hormônios da tireóide.

  • Problemas de equilíbrio: o hipotireoidismo pode levar a anormalidades no cerebelo (uma região na parte de trás do cérebro que está envolvida no controle motor). Isso pode causar problemas com a caminhada em pessoas idosas.

VALORES IDEIAS DOS EXAMES

Tratamento convencional do hipotireoidismo

O tratamento padrão envolve o uso diário do hormônio tireoidiano sintético levotiroxina. Determinar a dosagem adequada desta droga pode levar tempo. Assim, o acompanhamento regular com endocrinologista é fundamental. Como efeitos colaterais pode surgir febre, calorões, sensibilidade ao calor, suores, dores de cabeça, nervosismo, irritabilidade, náuseas, insônia, alteraçoes no apetite, perda de cabelo temporária.

É bom lembrar que o medicamento para a tireóide não resolverá as causas do seu mal funcionamento, que vão desde deficiências nutricionais (aminoácidos, zinco, selênio, iodo), intolerâncias alimentares, consumo excessivo de alimentos goitrogênicos, estresse crônico, problemas adrenais, infecções, inflamação crônica, intoxicação por mercúrio ou outras toxinas.

Terapias complementares

O tratamento nutricional é importantíssimo para que carências nutricionais sejam corrigidas. O nutricionista também prescreverá nutrientes que melhorarão a eliminação de toxinas. Irá também sugerir uma dieta que proporcione um bom funcionamento intestinal, o que reduzirá a inflamação e diminuirá a absorção de substâncias estranhas.

Terapias orientais também são recomendadas. A meditação e o yoga reduzem o estresse. A medicina ayurvédica indica o tratamento com a Ashwagandha (raiz da planta Withania somnifera) considerada um adaptógeno, que beneficia o sistema nervoso e a tireóide. Estudos mostram redução na ansiedade, nos níveis de estresse (Gannon et al., 2019), melhoria da memória e da função cognitiva (Choudhary, Bhattacharyya, & Bose, 2017), além de aumento dos níveis de hormônios tireoidianos (Sharma, Basu, & Singh, 2018), de forma segura. Altos níveis de T4 podem gerar estresse oxidativo. Os radicais livres que formam oxidam as membranas lipídicas das células e danificam as células. Porém a Ashwagandha é um antioxidante eficaz, capaz de eliminar os radicais livres, reduzir a peroxidação lipídica e o estresse oxidativo, o que diminui o risco da suplementação.

Segundo o Ayurveda, um aumento nos doshas de Vata e Kapha é o principal responsável pelo hipotireoidismo. Ashwagandha pacificaria estes doshas (aprenda mais sobre este tema aqui). Ashwagandha também promove um sono reparador, o que ajuda a reduzir os níveis de estresse. Estar muito ocupado, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo pode esgotar a tireóide. Esteja mais em contato com a natureza e aprenda a descansar!

PRECISA DE AJUDA? AGENDE AQUI SUA CONSULTA.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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