Benefícios do chá mate

O chá mate (Ilex paraguariensis), bebida característica do sul do Brasil e de muitos países da américa do sul tem sido estudado há anos em virtude de suas potentes atividades antioxidantes. Fonte de cafeína,  pode ser consumido em substituição à outros chás ou ao café por sua atividade estimulante.  Estudos recentes evidenciam benefícios da bebida como vasodilatadora (o que contribui para redução da pressão sanguínea), efeitos anticancerígenos, coadjuvante na redução do LDL e do peso corporal.

A infusão de erva-mate tem sabor amargo e pode ser apreciada de diversas maneiras: quente (chimarrão), frio (tererê) – feitos com folhas secas e moídas – ou como chá mate – feito com folhas tostadas. O Brasil é o segundo maior produtor mundial, perdendo apenas para a Argentina. Na medicina popular a erva-mate tem sido utilizada para o tratamento de artrite, dores de cabeça, constipação, fadiga, retenção hídrica, má digestão, além de desordens do fígado. Pesquisas parecem apoiar tais efeitos terapêuticos, já que a erva-mate possui compostos fenólicos, saponinas, melaninas e metilxantinas com propriedades antioxidantes.

Os compostos fenólicos (como o ácido clorogênico) possuem grande capacidade de doar elétrons, o que explica seu potencial antioxidante. Dentre os compostos fenólicos, o ácido caféico é um dos principais representantes, possuindo relação inversa com doenças crônicas não transmissíveis. Já as saponinas são as principais responsáveis pelo sabor amargo do chá. Além disso, possuem propriedades antiinflamatórias e hipocolesterolemiantes, sendo um alimento com potencial interessante por apresentar atividade antiaterosclerótica.

Deve-se contudo atentar à temperatura de consumo. O chá-mate geralmente é bebido muito quente, proxímo aos 100 graus célcius, o que pode levar a uma irritação crônica da mucosa oral e do esôfago. Além disso, durante a produção pode haver a contaminação do chá por hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, como o benzopireno, que possui potencial carcinogênico.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Bebês sofrem mais com alimentação inadequada

Estamos diariamente em contato com um grande número de toxinas. Estas podem chegar à nossa corrente sanguínea, sendo extremamente prejudiciais à saúde. Agora, estudos mostram que bebês são alvos fáceis. Os mesmos podem apresentar no organismo alto níveis de produtos finais de glicação avançada (AGEs), os quais  aumentam o risco de diabetes.

Estes podem chegar à corrente sanguínea dos bebês pelo cordão umbilical ou pelo consumo de papinhas industrializadas, com alto conteúdo destas substâncias. Nas mães, o problema é o consumo de alimentos processados em geral, carnes grelhadas, alimentos fritos. Os produtos finais de glicação avançada aumentam a inflamação sistêmica, a qual está relacionada à resistência à insulina e ao diabetes.

Aprenda mais sobre os AGEs:

Saiba mais sobre o assunto:

J. Uribarri, W. Cai, M. Ramdas, S. Goodman, R. Pyzik, X. Chen, L. Zhu, G. E. Striker, H. Vlassara. Restriction of Advanced Glycation End Products Improves Insulin Resistance in Human Type 2 Diabetes: Potential role of AGER1 and SIRT1Diabetes Care, 2011; 34 (7): 1610.

V. Mericq, C. Piccardo, W. Cai, X. Chen, L. Zhu, G. E. Striker, H. Vlassara, J. Uribarri. Maternally Transmitted and Food-Derived Glycotoxins: A factor preconditioning the young to diabetes?Diabetes Care, 2010; 33 (10): 2232.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Psoríase e alimentação

A psoríase é uma desordem autoimune crônica da pele de causa desconhecida, mas com forte componente genético (HLA-B51 e HLA-B27). Em geral, tem início na infância, mas pode aparecer também em outras fases, como entre os 20 e 30 anos. Fatores como tabagismo, consumo de álcool, dieta inflamatória, estresse emocional, disbiose intestinal, periodontite não tratada, uso de drogas, exposição excessiva ao sol, ou infecções podem desencadear a doença.

Manifesta-se como uma inflamação da pele ou unhas, mas pode também ser acompanhada de dores lombares ou rigidez matinal. Braços, pernas, couro cabeludo, unhas, região sacral, mucosas, articulações, palma das mãos e planta dos pés são regiões comuns onde a lesão se instala.

O não tratamento e a progressão da inflamação pode facilitar o aparecimento de outras condições como resistência à insulina, diabetes, alterações no perfil lipídico, obesidade, aumento do risco cardiovascular e hipertensão arterial, artrite psoriática, síndrome metabólica e depressão. O estado nutricional também pode ficar comprometido, surgindo deficiência de proteína, ácido fólico ou ferro. 

Estudos mostram que a dieta antiinflamatória pode auxiliar o tratamento. Desta forma, é fundamental adotar uma alimentação bastante variada e com um baixo consumo de alimentos industrializados. Dietas vegetarianas e suplementação de vitamina D, magnésio e ômega-3, têm sido associados com melhora de sintomas nos pacientes. Pesquisas também apontam as vantagens das dietas isentas de glúten no tratamento destes pacientes.

As vitaminas A, E, C e D, e ácido fólico, ferro, cobre, manganês, zinco e selênio, fibras e dietas com baixa densidade calórica, podem auxiliar no tratamento da doença, pois reduzem a gravidade da inflamação sistêmica. Consulte seu nutricionista para as individualizações necessárias. Este profissional te ajudará a montar um cardápio antiinflamatório e fará a prescrição de suplementos adequados para seu caso.

Óleos essenciais também podem ser utilizados na forma de massagens, compressas ou inalação. Os mais indicados são mirra, benjoim, camomila, frankincense, gerânio, sândalo, lavanda e hortelã. Aprenda a utilizá-los em meu curso online.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/