Fissuras são feridas, rachaduras ou cortes na pele que reveste o ânus. Podem ser geradas por traumas que ocorrem ao evacuar fezes muito endurecidas. A dor pode ser intensa, agravando-se durante a defecação. Pode haver também sangramento.
As alergias alimentares afetam entre 7 a 8% das crianças, sendo a Alergia à Proteína do Leite de Vaca (PLV) a mais comuns. Os sintomas podem incluir diarreia, náuseas, vômitos, cólicas, baixo ganho de peso, placas vermelhas na pele (urticária) inchaço nos lábios ou olhos, chiado no peito e irritabilidade intensa. Outro problema é o sangramento retal, principalmente nos 3 primeiros meses de vida. O sangramento também pode ser ocultado nas fezes, ficando imperceptível a olho nu.
A primeira opção de substituição do leite de vaca costuma ser o leite de soja. Contudo, este também possui alto poder alergênico. Entre 30 a 60% dos bebês que possuem alergia à PLV também possuem alergia à soja.
Vale enfatizar que lactentes em aleitamento materno exclusivo também podem apresentar sintomas similares porque o leite de vaca e outras proteínas da dieta podem estar presentes na composição do leite materno. A realização de retoscopia com a obtenção de fragmentos retais para análise são extremamente úteis para o estabelecimento do diagnóstico de inflamação retal induzida por proteínas da dieta.
Crianças sem o tratamento adequado podem desenvolver fissura anal, que dependendo da gravidade, pode requerer tratamento cirúrgico. Mesmo assim, antes de optar por cirurgia o ideal é excluir proteínas alergênicas da dieta do bebê e, caso a mãe esteja amamentando, excluir leite, queijo, iogurte, requeijão e tudo o que houver leite de sua dieta.