O chá mate (Ilex paraguariensis), bebida característica do sul do Brasil e de muitos países da américa do sul tem sido estudado há anos em virtude de suas potentes atividades antioxidantes. Fonte de cafeína, pode ser consumido em substituição à outros chás ou ao café por sua atividade estimulante. Estudos recentes evidenciam benefícios da bebida como vasodilatadora (o que contribui para redução da pressão sanguínea), efeitos anticancerígenos, coadjuvante na redução do LDL e do peso corporal.
A infusão de erva-mate tem sabor amargo e pode ser apreciada de diversas maneiras: quente (chimarrão), frio (tererê) – feitos com folhas secas e moídas – ou como chá mate – feito com folhas tostadas. O Brasil é o segundo maior produtor mundial, perdendo apenas para a Argentina. Na medicina popular a erva-mate tem sido utilizada para o tratamento de artrite, dores de cabeça, constipação, fadiga, retenção hídrica, má digestão, além de desordens do fígado. Pesquisas parecem apoiar tais efeitos terapêuticos, já que a erva-mate possui compostos fenólicos, saponinas, melaninas e metilxantinas com propriedades antioxidantes.
Os compostos fenólicos (como o ácido clorogênico) possuem grande capacidade de doar elétrons, o que explica seu potencial antioxidante. Dentre os compostos fenólicos, o ácido caféico é um dos principais representantes, possuindo relação inversa com doenças crônicas não transmissíveis. Já as saponinas são as principais responsáveis pelo sabor amargo do chá. Além disso, possuem propriedades antiinflamatórias e hipocolesterolemiantes, sendo um alimento com potencial interessante por apresentar atividade antiaterosclerótica.
Deve-se contudo atentar à temperatura de consumo. O chá-mate geralmente é bebido muito quente, proxímo aos 100 graus célcius, o que pode levar a uma irritação crônica da mucosa oral e do esôfago. Além disso, durante a produção pode haver a contaminação do chá por hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, como o benzopireno, que possui potencial carcinogênico.