O consumo de tâmaras parece facilitar o trabalho de parto

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Cada região do mundo possui uma vegetação típica. As tâmaras (Phoenix dactylifera), por exemplo, são originárias do Golfo Pérsico. Existem evidências arqueológicas de cultivo no leste da Arábia em 4.000 a.C. Atualmente, as tamareiras são encontradas na Riviera Francesa, no sul da Itália, Sicília e Grécia, nas Ilhas de Cabo Verde, Iraque, Argélia, Marrocos, Tunísia, Egito, Sudão, Arábia e Irã, no noroeste da Índia, nas Filipinas, Austrália e até no nordeste da Argentina e do Brasil.

Um estudo científico avaliou o consumo de tâmaras por mulheres ao final do período gestacional. Na Jordânia 69 mulheres que consumiram seis tâmaras por dia durante 4 semanas antes da data estimada do parto foram comparadas com 45 gestantes que não consumiram tâmaras no mesmo período. Foi observado que as mulheres que consumiram as tâmaras tiveram maior dilatação cervical (o que facilita a passagem do bebê) e uma proporção significativamente maior de membranas intactas. O trabalho de parto espontâneo ocorreu em 96% das mulheres que consumiram datas, em comparação com 79% das mulheres que não fizeram o uso da fruta (Al-Kuran et al., 2011).

O tempo de trabalho de parto foi também menor nas mulheres que consumiram as tâmaras em comparação com as que não as consumiram. Os autores concluíram que as tâmaras reduzem a necessidade de indução do parto e produz resultados mais favoráveis. Os resultados justificam estudos com maior número de mulheres e em outras partes do mundo.

E os suplementos?

A suplementação na gravidez varia para cada mulher e deve ser prescrita e avaliada durante a consulta, a partir da anamnese, resultado de exames, sinais e sintomas. Mas, de forma geral, a mulher deverá utilizar vitamina D, metilfolato, ômega-3, probióticos e um suplemento multivitamínico específico para esta fase da vida. Muitas mulheres também beneficiam-se do uso da melatonina.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Respiração lenta

Feche os olhos e perceba sua respiração. Está lenta ou rápida? Superficial ou profunda? O ideal é que esteja lenta e profunda, a qual associa-se a vários benefícios como maior relaxamento, redução da frequência cardíaca e da tensão muscular, melhor oxigenação celular, redução do estresse.

A inspiração ativa o sistema nervoso autônomo simpático e a expiração ativa o sistema nervoso parassimpático. Se expiramos bem e de forma mais lenta, conseguimos nos acalmar.

Essa “dominância” do SNA Parassimpático nesses momentos de expiração permite uma maior ativação do nervo vago. Isso repercute de maneira positiva no sistema nervoso central de duas formas principais:

1) Pela liberação de serotonina em áreas corticais. A serotonina também é conhecida como a molécula da felicidade, nos torna mais confiantes e positivos.

2) Pela inibição da atividade de uma área conhecida como amígdala, responsável por mediar as respostas de medo e ansiedade.

VAMOS PRATICAR?

A maior parte dos adultos respira cerca de 12 a 15 vezes por minuto. A respiração profunda é significativamente mais lenta, cerca de 5-6 respirações - ou menos - a cada minuto. Pouse suas mãos em sua barriga e inspire contando. Quando estiver inspirando a barriga irá para fora. Quando finalizar a inspiração faça uma pausa e depois expire contando os segundos. Qual foi a sua contagem na inspiração e na expiração? Para algumas pessoas são 4 segundos, para outras 6. Vá treinando e tente aumentar os segundos da contagem. Mantenha as mãos sobre o abdome, ele é quem precisa entrar (na expiração) e sair (na inspiração) e não a parte alta do peito. Veja um bebê respirar e repare como é a barriga dele que mexe-se naturalmente e não o peito.

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Se achar complicado, deite-se no chão. Dobre as pernas, encoste os joelhos e - novamente - coloque as mãos sobre sua barriga. Ao inspirar o abdome vai para fora, ao expirar abdome para dentro. Repita cada vez mais lentamente. Se quiser trabalhar com crianças coloque um bichinho de pelúcia sobre a barriga das mesmas, para que vejam-o descer e baixar conforme respiram.

Quem não respira bem, quem está sempre com a respiração superficial e/ou rápida começa a sentir sintomas como fadiga, ansiedade, dores musculares, dores de cabeça ou mesmo sensação de pânico. Respirar lenta e profundamente é então muito importante para todos.

Com adolescentes você pode fazer de outra forma. Peça para que achem a pulsação segurando o punho. Peça que fechem os olhos e prestem atenção na pulsação. Será que algum deles notou que ao inspirar a frequência cardíaca acelera-se levemente, enquanto, ao expirar, ela fica mais lenta? Isto acontece pois o sistema nervoso simpático (aquele envolvido nas reações de luta ou fuga) é ativado na inspiração, aumentando a frequência cardíaca. Já na expiração é o sistema parassimpático que é ativado, relaxando o corpo e fazendo a frequência cardíaca diminuir.

Respiração lenta também ajuda a reduzir dores

1) SOM

- Encontre um local calmo

- Coloque sua música ou mantra favorito (KALYANI, et al, 2011).

- Feche os olhos

- Cante junto

2) YOGA

A respiração lenta, a entoação de mantras como o OM, as posturas (ásanas) e as técnicas de concentração ajudam a ativar o nervo vago (STREETER et al. 2010).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Nutrição e modificações epigenéticas na síndrome de Down

A síndrome de Down (SD) é caracterizada pela trissomia do cromossomo 21. Ou seja, ao invés de dois cromossomos a pessoa com SD apresenta 3 cromossomos 21 em todas ou na maioria de suas células.

Indivíduos com SD apresentam um risco aumentado de desenvolver a Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA), a Leucemia Mieloblástica Aguda (LMA) e a doença de Alzheimer. Isto acontece por genes localizados no cromossomo 21 estarem funcionando de forma alterada. Isto é verdade para os genes ERG, ETS2 e RUNX1 que codificam fatores de transcrição envolvidos na formação das células do sangue. Também é verdade para os genes SOD1 e PPA, que aumentam o risco de Alzheimer.

Por outro lado, é comum a ocorrência de alterações no metabolismo da vitamina B9 (folato), provocando instabilidade genômica, problemas na metilação de genes e baixa formação de substâncias protetoras. No capítulo “Nutrição e modificações epigenéticas na síndrome de Down” trago um pouco desta temática. O mesmo faz parte do Guia de Abordagem Transdisciplinar na Síndrome de Down que você poderá baixar gratuitamente no site aTiva21.com.br

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/