As mulheres que planejam engravidar devem ser aconselhadas a evitar dietas restritivas com baixo teor de carboidratos. Existem poucos estudos na área e os já publicaram mostraram evidências de que as mulheres que engravidam fazendo dietas de baixo teor de carboidratos têm maior 30% mais chance de gerar bebês com defeitos do tubo neural e QI infantil reduzido.
Contudo, muitos dos estudos realizados são criticados pois não levaram em conta outros fatores que afetam o QI da infância, como status socioeconômico, educação dos pais, QI dos pais e anormalidades neurológicas e metabólicas nas crianças.
De qualquer forma, uma das preocupações é que a produção de corpos cetônicos é maior na gravidez devido a alterações no metabolismo materno. Estudos observacionais prospectivos de longo prazo e metodologicamente rigorosos são necessários para examinar a relação entre os níveis séricos de cetona materna, os resultados adversos do feto e o QI infantil (Tanner et al., 2021).
Enquanto a dieta cetogênica clássica não é recomendada na gravidez, adaptações podem ser feitas, especialmente em gestantes com risco de desenvolvimento de diabetes ou diabetes gestacional já diagnosticado. Dentre as opções estão a redução de carboidratos totais e de alto índice glicêmico.
Para a Associação Americana de Diabetes (ADA, 2022), 175 g de carboidratos são recomendados para o gerenciamento do diabetes na gravidez, ou 35% das calorias com base em uma dieta de 2.000 calorias.
Outra consideração é a adequação do folato da dieta. Mulheres com dietas mais pobres em carboidratos possuem menos folato circulante, o que também contribui para o risco de problemas do tubo neural. Vegetais de folhas verdes (como espinafre, rúcula, couve, agrião), abacate são ricos em fólico e devem estar presentes em abundância na dieta para reduzir risco de mal formação fetal. A suplementação de 400mcg de folato também é recomendada.
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