CONSUMO DE COLINA É MUITO IMPORTANTE DURANTE A GESTAÇÃO

A colina é um micronutriente essencial com papéis críticos em uma ampla gama de processos fisiológicos. Como fonte de grupos metil, a colina suporta reações, incluindo metilação genômica, que influencia a expressão gênica e a estabilidade do DNA. A colina também serve como substrato para a formação de acetilcolina, um neurotransmissor e molécula sinalizadora de células não neuronais.

Quantitativamente, o destino metabólico primário da colina é a biossíntese da fosfatidilcolina (PC), o fosfolipídio mais abundante nas membranas celulares. A adequação da fosfatidilcolina é crítica para a integridade da membrana celular e a exportação de gordura do fígado por lipoproteínas de densidade muito baixa (VLDL)

Durante a gestação o consumo de colina é muito importante para o desenvolvimento fetal porque a expressão do gene PEMT é baixa. O consumo adequado de colina favorece reações de metilação, essenciais para o fechamento do tubo neural e prevenção da espinha bífida. A falta de colina pode promover hipometilação e isso pode ter um impacto na estabilidade genômica e na diminuição de SAM.

Por exemplo, um estudo publicado no Behavioral Neuroscience mostrou que o consumo de colina durante a gestação (equivalente para humanos em 450mg/dia) e lactação (550mg/dia) melhora os níveis de atenção e normalizam emoções no concepto com síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21).

Além da suplementação fontes incluem gema de ovo, castanhas e vegetais como brócolis e couve flor. Os camundongos não suplementados eram mais agitados, o que está de acordo com outros estudos que já mostravam a relação. O interessante é que parece que a suplementação de colina com esta finalidade só faz efeitos nestas fases e não posteriormente. É importante mencionar que colina em excesso pode não ser legal, especialmente em pessoas com disbiose intestinal.

Suplementação para um bebê saudável

A suplementação na gravidez varia para cada mulher e deve ser prescrita e avaliada durante a consulta, a partir da anamnese, resultado de exames, sinais e sintomas. Mas, de forma geral, a mulher deverá utilizar vitamina D, metilfolato, ômega-3, probióticos e um suplemento multivitamínico específico para esta fase da vida. Muitas mulheres também beneficiam-se do uso da melatonina.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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