Bolinho de espinafre com aveia

Spinach-is-Rich-in-Protein.jpg

O espinafre é uma folha interessante. Apesar de ser um dos vegetais mais ricos em cálcio e ferro, estes minerais não são bem aproveitados pelo nosso corpo. Isto se deve ao alto teor de ácido oxálico presente na folha, que acaba reduzindo a absorção e a boa utilização desses e de outros minerais no intestino. 

Mesmo assim, quando consumido moderadamente, o espinafre pode enriquecer a alimentação já que é rico em carotenóides, em vitamina K e, como todos os alimentos do reino vegetal, em fitoquímicos importantes à saúde. É importante lembrar que folhas mais novas contém mais flavonóides, substâncias antioxidantes importantes para a prevenção da asma, certos tipos de câncer, hipertensão e diabetes. 

Receita do dia: Bolinho de espinafre e aveia

  • 1 maço de folhas de espinafre picadas

  • 3 col. (sopa) de tofu

  • 3 col. (sopa) de linhaça hidratada em água por 15 minutos

  • 1 cebola picada

  • 2 dentes de alho picados

  • 3 col. (sopa) de azeite

  • 1 xíc. (chá) de quinoa em flocos

  • 1 col. (café) de fermento em pó

  • 1 pitada de Sal

  • Noz-moscada a gosto

Aqueça bem uma frigideira e refogue a cebola e o alho no azeite. Junte o espinafre e refogue-o até murchar e secar a água do fundo da frigideira. Deixe esfriar. Transfira-o para uma tigela, acrescente o restante dos ingredientes e misture bem. Divida a massa em 15 porções iguais e achate-as como em um hambúrguer. Aqueça uma frigideira antiaderente e grelhe os bolinhos dos dois lados. Sirva.

Bolinho de espinafre e aveia.jpg

Aprenda mais no curso online: alimentação vegetariana - http://andreiatorres.com.br/curso/vegetarianismo

Deixe seu comentário.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags ,

Brócolis: entenda porque este alimento é recomendado no espectro do autismo

Um grupo de pediatras publicou uma pesquisa em que relatavam a melhoria dos "comportamentos autísticos" em 83% das crianças que tinham febre acima de 38,8oC (Curran et al., 2007). A explicação é que durante a febre são ativadas proteínas de choque térmico (HSP) que previnem e protegem tecidos contra o dano gerado pelo calor na hora da febre. As HSP também protegem a função sináptica, a comunicação entre os neurônios.

A febre é um processo complexo que afeta o sistema imune, endócrino e nervoso. Faz parte de uma defesa do organismo. A resposta ao estresse que acontece durante a febre parece melhorar temporariamente vias metabólicas que estariam comprometidas no autismo. Apesar das melhorias durante a febre serem temporárias, para os autores do estudo esta é uma evidência importante de que o cérebro muda, se recupera, responde a diferentes estímulos. Ou seja, há chances de recuperação.

183299488.jpg

Mas como obter os mesmos efeitos da febre sem debilitar a criança? A pergunta levou o grupo de pesquisadores a explorarem o sulforafano, composto presente nos vegetais crucíferos, como couve, couve-flor, rabanete e brócolis. O sulforafano também aumenta as HSP, principalmente a 1 e a 27, mas sem a febre (Gan et al., 2010; Liu et al., 2016).

O sulforafano é um composto sulfurado (que contém enxofre), com propriedades antioxidantes e desintoxicantes. Estudos mostram que o consumo de vegetais ricos em sulforafano reduz o risco de câncer, o estresse oxidativo e a disfunção mitocondrial, protege neurônios e previne o Alzheimer.

No autismo, o uso do extrato de broto de brócolis concentrado com sulforafano reduziu, em 65% das crianças sintomas como irritabilidade, hiperatividade, estereotipias e problemas de linguagem ao longo do primeiro mês de uso. Uma das explicações é que o sulforafano melhora a conectividade entre as sinapses na região cortical do cérebro (Liu et al., 2016).

Além das disfunções sinápticas o estresse oxidativo é outro fator frequentemente apontado no espectro do autismo (Bradstreet et al., 2010; Liu et al., 2016). O sulforafano eleva a capacidade antioxidante, aumenta o número de mitocôndrias além de melhorar a resposta ao estresse facilitando o reparo de proteína e DNA no cérebro (Brose et al., 2012Yang et al., 2016).

O sulforafano também reduz o NFkB reduzindo a neuroinflamação. Ou seja, o sulforafano dos vegetais crucíferos beneficia o cérebro de muitas formas, em múltiplas frentes. 

Em estudo com jovens homens (13 a 27 anos) com diagnóstico de autismo de moderado a severo foi administrado sulforafano por 18 semanas. Aqueles que receberam o suplemento apresentaram melhorias de comportamento, interação social, comunicação verbal e redução de estereotipias, irritabilidade, letargia e hiperatividade  (Singh et al., 2014).

Saiba mais sobre alimentação e suplementação no autismo acessando o curso online: 

http://andreiatorres.com.br/curso/nutricao-e-suplementacao-no-autismo

Deixe seu comentário.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
Tags

Tratamento integrativo da inflamação do intestino grosso (colite)

A colite é uma inflamação no intestino grosso que pode causar dor abdominal e diarreia. O tratamento é proposto pelo gatroenterologista a partir da investigação da possível causa do problema, como infecções, problemas autoimunes, hábitos alimentares inadequados, doenças inflamatórias intestinais, estresse ou  mutações do gene TLR5 (Vijay-Kumar et al., 2010).

Receba a newsletter semanal. Dra. Andreia Torres é nutricionista, mestre em nutrição, doutora em psicologia clínica, especialista em yoga.

Dependendo da causa do problema medicamentos como antibióticos, aminossalicilatos, sulfassalazina, corticosteróides, imunomoduladores, ciclosporina, bloqueadores do fator de necrose tumoral poderão ser indicados pelo médico. O importante é seguir as orientações para que a doença não evolua. Em situações graves a cirurgia para remoção de parte do cólon (intestino grosso) poderá ser recomendada. 

A alimentação deverá ter características antiinflamatórias. Em geral glúten, laticínios, alimentos ultraprocessados, álcool, café e bebidas com cafeína, refrigerantes e frituras são excluídos da dieta. O nutricionista clínico fará a prescrição de alimentos de fácil digestão em uma dieta bem fracionada. Não esqueça-se também da adequada hidratação, especialmente se estiver com diarreia. Em casos de má absorção intestinal suplementos multivitamínicos e minerais também serão indicados para redução do risco de carências nutricionais.

Um outro suplemento que poderá ser indicado é a curcumina, flavonóide presente no açafrão, especiaria indiana, muito utilizada nas práticas ayurvédicas.  Um estudo publicado no jornal científico Oncogene mostrou as potentes ações antiinflamatórias da curcumina, ainda maiores do que as de medicamentos como aspirina e ibuprofeno.

Por fim, é importante adotar estratégias para a redução do estresse como yoga e meditação. Pesquisa publicada em 2017 por Cramer e colaboradores mostrou que a prática de yoga melhorou a qualidade de vida de praticantes com colite ulcerativa. A colite atinge especialmente o reto e pode destruir a mucosa do cólon formando abscessos, úlceras e fístulas. 

Secreção purulenta, diarréia com ou sem sangue e muco são comuns nos quadros de inflamação que se agravam reduzindo o calibre e o comprimento do cólon desencadeando cólicas e aumento da necessidade de evacuar.

Screen Shot 2017-09-26 at 8.41.58 AM.png

Conforme a intensidade da diarréia pode acontecer desidratação e o desequilíbrio eletrolítico, devido à má absorção de água e sódio. Estes eventos também podem ser acompanhados por cólicas, náuseas e vômitos, aftas orais e consequente perda de peso.

Com o aumento do estresse na vida moderna a incidência da doença tem também aumentado. Desta forma, estratégias integrativas que visem à melhoria do estado nutricional, redução da inflamação e diminuição do estresse são importantes.

Saiba mais nos cursos online, com Dra. Andreia Torres: andreiatorres.com.br

Deixe seu comentário.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/