O cérebro humano é um órgão altamente complexo, capaz de controlar e executar funções diversas e importantíssimas, como batimentos cardíacos, produção de hormônios, equilíbrio, coordenação, audição, fala, visão, sensações etc. É nosso computador central, tão importante que precisa ser guardado e protegido dentro da caixa craniana. O cérebro trabalha tanto que, apesar de pesar apenas 2% da massa corporal total, consome mais de 20% de oxigênio consumido durante o dia.
Como manter o cérebro funcionando bem?
Se o cérebro está em “boa forma” a memória melhora, assim como nossa capacidade de aprendizado. Ficamos mais alertas e nos sentimos emocionalmente mais equilibrados. Para manter o cérebro funcionando bem precisamos nos exercitar (para estimular o fluxo sanguíneo), dormir bem (permitindo o reparo), adotar uma alimentação balanceada. Uma dieta com alta qualidade fornecerá nutrientes importantes para:
produção de neurotransmissores;
estímulo à neurogênese (formação de novos neurônios);
controle da glicação, da pressão arterial e dos níveis de colesterol;
melhoria da função mitocondrial;
neutralização de radicais livres.
Todos estes aspectos são importantes para que o cérebro funcione bem por toda a vida e para que possamos reduzir o risco de doenças e desordens neurológicas como depressão, encefalopatias, ataxias, derrames e também demências.
Desinflamando o cérebro
A inflamação severa do cérebro (encefalite) é um evento mais raro. Contudo, a inflamação de baixo grau é mais comum, persistente e tem sido associada ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. Existem vários fatores de risco para a neuroinflamação, como infecções bacterianas ou virais, altos níveis de estresse, doenças autoimunes, traumas, reações alérgicas, disbiose intestinal, carência de nutrientes, acúmulo de metais pesados, alto consumo de alimentos ultraprocessados, baixo consumo de antioxidantes e compostos antiinflamatórios presentes em alimentos de origem vegetal.
O que evitar?
Alimentos pró-inflamatórios ricos em gorduras saturadas e trans, açúcares refinados, alimentos ultraprocessados. Evite também ficar desidratado. Muita gente esquece de beber água e isto prejudica o cérebro.
A água representa aproximadamente 85% do peso total do cérebro e pode ajudar a limpá-lo de toxinas. A boa hidratação deve ser combinada com uma dieta alcalinizante e antiinflamatória, que ajude a manter o corpo inteiro saudável, com níveis estáveis de açúcar no sangue e reduzida carga tóxica.
Alimentos antiinflamatórios são alimentos inteiros, não processados. Estes incluem uma variedade de vegetais, frutas e ervas com baixo teor de carboidratos, baixo índice glicêmico e coloridos. Frutas de baixo índice glicêmico incluem limões e limas, toranjas, frutas vermelhas e maçãs com casca.
Escolha estas opções e melhore o funcionamento do seu cérebro
Peixes selvagens de água fria, ricos em ômega-3., como salmão, cavala, atum e sardinha são particularmente benéficos para o cérebro. Muitos estudos mostram que populações que seguem a dieta mediterrânea, rica nestes peixes possuem menor risco de demência.
Vegetais frescos - fornecem vitaminas e minerais que ajudam a nutrir e manter o crescimento de células cerebrais. Vegetais cultivados organicamente, sem pesticidas e aditivos, são mais saudáveis para o cérebro.
Frutas frescas e orgânicas são fontes excelentes de antioxidantes, incluindo vitamina C. Mirtilos, morangos, acerola, camu-camu e laranjas são alimentos especialmente potentes para o cérebro.
Castanhas e sementes são alimentos ricos em proteínas e contêm ácidos graxos ômega 3, 6 e 9, que são essenciais para um cérebro saudável. A castanha do Brasil é excelente fonte de selênio. As nozes também são ótimas fontes de triptofano.
Microalgas como a espirulina e a chlorella - estes super alimentos contém aminoácidos essenciais, vitaminas e minerais importantes para o cérebro. A espirulina é uma microalga verde-azulada rica em clorofila, que ajuda na remoção de toxinas. com efeito desintoxicante. A chlorella é uma microalga de água doce, com alto poder antioxidante. Também é rica em triptofano, aminoácido muito importante para produção de neurotransmissores, como a serotonina, o “hormônio da felicidade”.