Ondas de calor, suores, alterações de humor e no sono, ganho de peso, prejuízo na memória. Para que estes sintomas não enlouqueçam as mulheres a partir dos 45 anos, o corpo e suas modificações precisam ser compreendidas. Vamos envelhecendo e nosso organismo faz de tudo para adaptar-se de forma inteligente. As mulheres ainda podem controlar a forma como pensa, o estilo de vida e o ambiente em que vivem. .
Não há ponto inicial ou final único para a menopausa. O corpo humana funciona em um continuum. Isso significa que não há um único momento em que a menopausa (ou perimenopausa) comece. Os níveis hormonais aumentam e diminuem a partir da adolescência durante cada ciclo menstrual. Mas, em algum momento, tudo começa a mudar. À medida que as mulheres envelhecem, seus ovários gradualmente começam a produzir menos estrogênio e progesterona. Não é algo que aconteça de uma só vez. Há uma flutuação hormonal ao longo da meia-idade. São os altos e baixos hormonais que criam os sintomas físicos e psicológicos observados já a partir dos 45 anos (é a perimenopausa, ou o período que antecede a menopausa).
A menopausa em si ocorre quando uma mulher não menstrua por 12 meses seguidos. Pode ser natural, relacionada à queda de hormônios sexuais devido ao processo de envelhecimento ovariano. Também pode acontecer prematuramente quando a mulher tem um câncer de ovário, diabetes, hipotireoidismo, se fuma ou, simplesmente, por herança genética.
Na pós-menopausa os níveis hormonais estabilizam-se mas a queda hormonal pode facilitar o ganho de peso, o acúmulo de gordura, o risco de doenças cardiovasculares e o mal de Alzheimer. A alimentação rica em antioxidantes e substâncias antiinflamatórias, a atividade física regular, a boa hidratação e o controle do estresse são as estratégias mais importantes para a promoção do bem-estar e preservação da saúde.
O Alzheimer parece ser mais debilitante para as mulheres do que para os homens. Por isso, a prevenção é tão importante. Leituras, atividades que gerem aprendizado constante, redução no consumo de gordura saturada e açúcares, controle dos níveis de colesterol e homocisteína no plasma, aumento no consumo de frutas e verduras são fundamentais.
A mulher deve monitorar também, a partir da menopausa, os níveis de estrogênios. Isto porque mulheres que fazem a reposição de estrogênio na meia-idade possuem um risco significativo menor de desenvolver demência na velhice em comparação com mulheres que nunca tomaram estrogênio (Jamshed et al., 2014).
A hipótese é que a perda de estrogênio durante a menopausa esgota uma enzima chamada “citocromo oxidase mitocondrial” em áreas específicas do cérebro. Para melhorar a função mitocondrial você também precisa caprichar na atividade física e aumentar o consumo de quercetina, que está presente em alimentos como chá verde, ameixa roxa, mirtilo, cebola roxa, brócolis, uvas roxas (Gibellini et al. 2015). Dá até para fazer sal de casca de cebola roxa. É super fácil. Basta assar as cascas (não deixe queimar), triturar e temperar com suas ervas favoritas. Teste e diga o que achou!
A deficiência de folato também piora o funcionamento mitocondrial e causa disfunção na enzima citocromo oxidase (Chang et al., 2007). Mais sobre o folato em meu vídeo anterior.
Por fim, o excesso de peso e a resistência à insulina, tão comuns na menopausa, também são fatores de risco para a doença de Alzheimer (Alford et al., 2018). Estamos chegando ao final do ano e, em janeiro/2019 começa o novo grupo online de emagrecimento. Sem dieta maluca, sem privações, com estratégias duradouras para a melhoria da saúde. Saiba mais: