Estudo publicado no BMJ comparou os resultados de 121 estudos aleatorizados, com o total de 21.942 indivíduos adultos com excesso de peso, fazendo diferentes dietas. O objetivo foi avaliar a eficácia de diferentes composições em termos de carboidratos, gorduras e proteínas na redução do peso corporal, melhoria do perfil lipídico, pressão arterial e inflamação após 6 e 12 meses da dieta. Foram seguidas 14 dietas diferentes e três dietas de controle. Em comparação com a dieta normal, as dietas com baixo teor de carboidratos e baixo teor de gordura tiveram um efeito semelhante aos seis meses na perda de peso (4,63kg vs 4,37 kg) e redução na pressão arterial sistólica (5,14 mmHg vs 5,05 mmHg) e pressão arterial diastólica (3,21 vs 2,85 mmHg). Nestes quesitos tanto faz reduzir carboidrato ou gordura. Faça a dieta que gosta e consegue seguir.
As dietas de baixo carboidrato tiveram menor efeito do que as dietas de baixa gordura na redução do colesterol LDL (colesterol "ruim") e aumento do HDL (colesterol "bom"). Ou seja, neste quesito é melhor reduzir gordura (Ge et al., 2020). Entre as dietas com nomes populares, aquelas com o maior efeito na redução de peso e pressão arterial em comparação com a dieta normal foram Atkins, DASH e Zone Diet em 6 meses. No geral, a perda de peso diminuiu após 1 ano em todas as dietas e os benefícios cardiovasculares apenas mantiveram-se no padrão mediterrâneo. O que mostra que o devagar e sempre, mudar o padrão e não seguir dieta rígida é fundamental a longo prazo. Você é único e a dieta que funciona para o outro não necessariamente funcionará para você. Escolha a saúde e bons resultados que possam ser mantidos. Isto é importante para a família toda.
Dietas malucas são as principais causas dos transtornos alimentares e de piora na imagem corporal. As crianças precisam desenvolver uma relação saudável com a alimentação e o exemplo vem dos pais, avós e tios. A maneira como as crianças e os jovens pensam e sentem o corpo e a aparência vai afetar a saúde mental de forma positiva ou negativa. A insatisfação corporal chega cada vez mais cedo. Culpa das revistas? Da TV? Dos filmes? Das redes sociais? Da pressão do grupo de amigos ou dos familiares?
A pressão faz com que crianças sintam que não são bons o suficientes, bonitos o suficiente, interessantes o suficiente. Precisamos cuidar da saúde como um todo. A dieta não é algo que se faz hoje, é um estilo de vida saudável, antiinflamatóriio, colorido, que faz parte do dia a dia, como escovar os dentes. E como, às vezes, escovamos os dentes 5 vezes ao dia e outras vezes só duas. Existirão também dias em que comeremos 5 frutas e outros dias só duas. E dias em que comeremos um brigadeiro. E tudo isso deve ser levado com naturalidade e leveza. Medir o valor de alguém com base na aparência piora o bem-estar pois faz com que as pessoas vinculem o valor à autoimagem, desconsiderando tantas outras qualidades.
A insatisfação corporal gera baixa autoestima, baixa autoconfiança, aumento da ansiedade, piora do humor, comportamentos autoagressivos, isolamento social. Cuide da sua alimentação mas também das suas palavras. Você é exemplo para todos ao seu redor. Crianças de 5 a 8 anos que percebem as mães infelizes com seus corpos, também ficam mais infelizes com os próprios corpos. Concentre-se na saúde e não na aparência. Permita-se ser feliz e deixe os outros também o serem.