TDAH, compulsão alimentar e obesidade

Muitos pacientes com compulsão alimentar apresentam também ansiedade ou depressão. Agora, estudos mostram que sintomas do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) também têm uma relação direta com a compulsão e transtornos metabólicos.

Resistência insulínica na periferia e no cérebro, diabetes, maior risco de obesidade e dislipidemia estão entre as alterações mais significativas. Para cuidar do cérebro precisamos cuidar do corpo também. Comece melhorando sono, movimentando-se mais e melhorando a alimentação.

TDAH e ganho de peso

Impulsividade, impaciência, procrastinação e comportamento imprudente associam-se também ao comer desordenado e a transtornos alimentares, como bulimia. Os sintomas desatentos do TDAH estão associados à diminuição da consciência dos sinais internos de fome e saciedade e, por sua vez, esses déficits foram associados positivamente às desordens alimentares (Kaisari et al., 2018).

A compulsão alimentar parece, de fato, ser 5 a 6 vezes mais comum em pessoas com TDAH do que entre indivíduos neurotípicos. Um dos contribuintes para o TDAH parece ser a baixa de produção de dopamina pelo córtex pré-frontal. A dopamina nos permite regular as respostas emocionais e tomar medidas para obter recompensas específicas. É responsável por sentimentos de prazer e recompensa. Para desacelerar, lidar com o tédio insuportável, aliviar emoções reativas e tensas ou reduzir o desconforto com o próprio corpo, muitas pessoas com TDAH abusam de comida ou bebida, ou compras, ou esportes radicais, já que tudo isso pode aumentar a dopamina e a noradrenalina no cérebro.

Aqueles que vivem por impulso comem por impulso. Comer compulsivamente é a principal causa de obesidade em muitos adultos com TDAH. Podem confundir sentir-se chateados (ou entediados) com fome. Para interromper o ciclo, ao invés de se concentrar em "não comer", concentre o seu cérebro em algo positivo - como cozinhar alimentos saudáveis ​​ou iniciar um programa de exercícios. Não espere resistir às tentações alimentares. O melhor é não tê-los em casa, comer guloseimas apenas em situações especiais, como em festas.

Para reduzir a tensão emocional, exercite-se (não espere a vontade surgir, apenas coloque na agenda e faça. Pode ser caminhada, yoga, musculação, corrida…). O ideal é também aprender a meditar. Exercício e meditação são as duas principais estratégias de autorregulação para pessoas com TDAH.

Evite o tédio e estimule o seu cérebro com TDAH. Tédio e inquietação frequentemente se traduzem em fome. Realizar tarefas interessantes diminuirá a sua dependência de comida para diversão. Evite a TV, que fornece pouca estimulação cerebral e é um gatilho comum para comer demais. Você pode tentar trocar a TV ou as horas que passa no YouTube ou redes sociais pela aprendizagem de um instrumento musical ou alguma outra atividade que o estimule.

Na próxima vez que você tiver um ataque compulsivo, pergunte-se se está gostando da comida e continue perguntando a cada cinco minutos. Ensine-se a parar de comer, buscando outros estímulos. Além disso, você pode porcionar as suas refeições em tamanhos pré-definidos ou porções previamente congeladas. Não desista se escorregar. O perfeccionismo pode ser outra característica do TDAH, mas não precisa ser assim. Ninguém é perfeito.

Suplementação mínima: associar Ômega-3 com TDAH Control all in one. Fazer modulação intestinal, sempre que necessário. Para individualização marque aqui sua consulta.

TDAH em adultos - Será que você tem?

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/