A anemia por deficiência de ferro é muito comum, tanto em países em desenvolvimento quanto nos desenvolvidos. Resulta da diminuição dos estoques de ferro (Fe) devido à ingestão inadequada de ferro, má absorção, aumento da demanda de ferro e / ou perda de sangue. O ferro é essencial para a produção das células vermelhas do sangue (eritrócitos), que carregam oxigênio. Na falta de ferro a produção de hemácias diminui e a pessoa sente-se mais cansada, sem ar, fraca, com dificuldade de memorização ou aprendizagem.
A anemia por deficiência de ferro raramente ocorre de forma isolada. Geralmente está associada a outras condições, como parasitoses, carências nutricionais múltiplas, disbiose e má absorção intestinal etc. Várias doenças do trato gastrointestinal aumentam o risco de anemia pois geram má absorção ou perda de sangue, como doença celíaca, doença inflamatória intestinal (DII), espru tropical, tuberculose intestinal, fibrose cística e infecção por H. pylori. A causa mais comum de anemia em mulheres na pós-menopausa é o sangramento gastrointestinal crônico e / ou má absorção (Qamar et al., 2015).
A obesidade também gera anormalidades no metabolismo do ferro. Estudos mostraram que a suplementação de probióticos em mulheres na pós-menopausa melhora a qualidade da microbiota intestinal e a homeostase de Fe (Skrypnik et al., 2019). Os probióticos reduzem o pH intestinal e a inflamação, contribuindo para a melhor absorção de vários minerais. Desta forma, para pacientes anêmicas, além da reposição de ferro e dieta rica neste nutriente, indica-se o consumo de alimentos que contenham probióticos (kefir, kombucha) ou suplementos probióticos.