Pessoas que encaram a aparência como sinônimo de sucesso, saúde e determinação estão mais sujeitas a transtornos alimentares e de imagem. Mídias sociais agravam o problema, impondo padrões de beleza discrepantes e impulsionando regras praticamente impossíveis de serem seguidas. Entre os transtornos mais prevalentes entre homens é a vigorexia. Mulheres costumam apresentar mais frequentemente outros distúrbios como anorexia, bulimia ou compulsão alimentar. Mesmo assim, a vigorexia também pode ocorrer no grupo feminino.
A vigorexia, bigorexia ou transtorno dismórfico muscular é uma doença psicológica caracterizada por uma insatisfação constante com o corpo, levando à prática exaustiva de exercícios físicos. Pode estar associada a uma distorção da autoimagem, em que a pessoa enxerga defeitos estéticos, sentindo-se indigno ou repugnante.
Estudos mostram que frequentadores de academias podem apresentar grande insatisfação com a aparência física, o que aumenta a prática de exercícios para ganho de massa corporal e músculos. Contudo, este aumento pode não ser acompanhado pelo aumento da autoestima, gerando um ciclo vicioso. Pessoas perfeccionistas costumam estar em maior risco, o que acaba afetando outras áreas da vida, como relacionamentos, trabalho, lazer e até a dieta, que tende a ficar mais restrita.
Dietas desequilibradas, com excesso de proteína ou gordura e carência de vitaminas, minerais e fitoquímicos podem gerar distúrbios metabólicos, lesionar tecidos e gerar doenças. O tratamento da vigorexia, assim como de outros transtornos de imagem depende de uma abordagem multidisciplinar. Para a redução do sofrimento mental, estresse e ansiedade recomendam-se práticas de meditação e yoga. A psicoterapia é recomendada para a redução do perfeccionismo. Se a vigorexia estiver acompanhada de depressão o uso de medicamentos pode ser necessário.
Pessoas em sofrimento devem buscar acompanhamento especializado. Dentre os tratamentos destacados na literatura está a Terapia Cognitivo Comportamental, que ajuda pessoas com transtornos a remodelarem os pensamentos errôneos. A terapia é unida ao aconselhamento nutricional, abordagem que ajuda o paciente a repensar a alimetação, fugindo de dietas rigorosas, respeitando desejos, preferências, emoções, cultura e regionalidade. O tratamento inicia-se com acompanhamento semanal com psicóloga e quinzenal com nutricionista, por 3 meses. Para agendar o início do tratamento envie uma mensagem. O pagamento pode ser dividido em até 6 vezes, no cartão de crédito.