Você não precisa de água vitaminada

As águas vitaminadas (vitamin waters) estão cada vez mais populares. O marketing é forte, as embalagens são bonitas, a água é colorida e faz a alegria da criançada. Mas o que há mesmo nestas garrafas?

Água + açúcar ou adoçante + corantes + vitaminas (que você extrai das frutas e verduras, com muita facilidade).

Açúcar nunca faz bem. Adoçantes também são extremamente controversos. Você pode assistir a aula sobre o assunto abaixo, se achar necessário:

 

Uma garrafa de 600 ml pode fornecer até 32 gramas de açúcar e 120 kcal. Esta é a quantidade de açúcar máxima recomendada para crianças durante o dia todo! Nos EUA a água vitaminada da coca-cola tem a mesma quantidade de frutose do refrigerante coca-cola. O consumo de bebidas adoçadas com frutose está altamente relacionado com maior risco de obesidade em crianças e maior risco de doenças cardiovasculares, diabetes e síndrome metabólica em adultos e crianças. 

Mas e as vitaminas? Sim, nosso organismo precisa delas mas o consumo acima das necessidades não traz qualquer benefício à saúde. E mesmo que você precisasse de mais vitaminas não faz o menor sentido consumi-las a partir de água adoçada. Faça isso a partir de uma dieta variada e nutritiva! 

Resumo: água com vitaminas não é uma bebida saudável. Passe longe e ensine para seus filhos. Bebida saudável chama-se água e até a da torneira é melhor do que a da coca-cola e de marcas similares.

Marcou uma consulta? Não esqueça de preencher:

+ Formulário pré-consulta

Dra. Andreia Torres - CRN 1685/1

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Os benefícios da dieta baseada em plantas

No Brasil, a mortalidade associada às doenças cardiovasculares é alta, sendo maior em indivíduos de baixa renda e com menor escolaridade. de acordo com Ishitani et al. (2006), "é provável que melhor escolaridade possibilite melhores condições de vida e, conseqüentemente, impacto positivo na mortalidade precoce". Estão associadas a esta alta mortalidade o tabagismo, o sedentarismo, o alto consumo de carnes vermelhascarnes processadas e refrigerantes e o baixo consumo de frutas e verduras.

Alguns documentários que tratam deste tema incluem Forks Over KnivesVegucatedFat, Sick & Nearly Dead e Super Size Me. De forma de fácil entendimento os filmes mostram o que a ciência comprova:

- Uma dieta baseada em plantas diminui a inflamação corporal contribuindo para o tratamento de  diabetesobesidade, lúpus, esclerose múltipla, doenças cardiovasculares, depressão, câncer de cólon e câncer de mama.

- Ao comer menos carne, você salvará milhares de animais durante a sua vida. Evitará também o consumo de hormônios presentes nas carnes.

A dieta vegetariana pode ser saudável, completa e benéfica para as pessoas, os animais e o meio ambiente. Contudo, muitas pessoas sentem dificuldade na transição da dieta onívora para a dieta vegetariana.

Também possuem muitas dúvidas acerca da combinação dos alimentos e da necessidade de suplementação. Neste curso 100% online o papel dos nutrientes são discutidos, assim como a forma de atingir a recomendação dos mesmos e preservar a saúde. Saiba mais assistindo ao vídeo:

Compartilhe conhecimento.
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O que é comunicação em saúde?

O enfrentamento de desafios na área de saúde pública exige o trabalho conjunto de diferentes profissionais: epidemiologistas, médicos, nutricionistas, enfermeiros e outros profissionais de saúde, além de jornalistas e outros especialistas em comunicação.

A comunicação em saúde utiliza-se de diversas teorias, modelos de aprendizagem comportamental e social para avançar no planejamento de programas e identificar etapas para influenciar as atitudes e o comportamento do público de forma positiva.

Aqui no blog já escrevi diversos textos com mensagens como:

  • Coma mais frutas.
  • Faça seus exames de saúde anuais.
  • Converse com seu nutricionista.
  • Pratique atividade física.
  • Durma mais cedo.
Combuenasaludbajah.jpg

Essas frases tentam mobilizar para a mudança de comportamento. Mas será que as pessoas adotam novos comportamentos de fato? Novas pesquisas na área de comunicação em saúde são necessárias e podem nos ajudar a compreender se o público compreende e valoriza o que está sendo dito e, mais importante, se adota novas atitudes em prol da saúde.

A comunicação em saúde pode ser definida como o estudo e uso de estratégias de comunicação para informar e influenciar as decisões individuais que melhoram a saúde. Pode assumir muitas formas:

Comunicação verbal: recorre a palavras, podendo ser escrita ou oral. A comunicação verbal escrita pode ser feita por livros, jornais, revistas, cartazes, cartas, SMS, e-mail, blogues, etc. A comunicação verbal oral pode ser feita por meio de diálogo presencial, ao telefone, por videochamada, pelo rádio, TV, vídeos.

Comunicação não-verbal: está presente nas mensagens paraverbais (tonalidade, sons, choro, gaguejo) e não-verbais (postura corporal, contato ocular, sorriso, silêncio, aparÊncia física, roupas, toque, movimentos faciais, proximidade física). Transmite emoções e sentimentos. 

As etapas para a comunicação eficiente passam por:

  • Revisão do problema de saúde (o que está acontecendo?) - ex: aumento da incidência de obesidade, HIV, dengue etc. 

  • Definição dos objetivos da comunicação (o que queremos fazer/dizer?)

  • Análise do público-alvo (quem queremos alcançar?)

  • Desenvolvimento e pré-teste de conceitos e mensagens (o que queremos dizer?)

  • Seleção dos canais de comunicação (onde queremos dizer?)

  • Seleção, criação e teste de mensagens e produtos (como queremos dizer?)

  • Desenvolvimento de plano de promoção / produção (Como usaremos/promoveremos?)

  • Implementação de estratégias de comunicação (divulgação)

  • Avaliação do impacto (quão bem o processo aconteceu?)

Um braço da comunicação em saúde é o marketing de  saúde, uma área multidisciplinar da prática de saúde pública. Esta abordagem inovadora baseia-se em teorias e princípios tradicionais de marketing e adiciona estratégias baseadas na ciência à prevenção, promoção e proteção da saúde. Preocupa-se com a criação, educação, motivação e informação do público sobre questões relativas à saúde. É uma integração do campo de marketing tradicional com  a pesquisa e a prática em saúde pública. Estes estudos fornecem orientação para a concepção de intervenções de saúde, campanhas, comunicações e novos projetos de pesquisa.

Podemos dizer que o marketing social é o uso de princípios de marketing para influenciar o comportamento humano, a fim de melhorar a saúde ou beneficiar a sociedade. Uma das ferramentas do marketing é o conjunto de quatro ‘P's:

  • PRODUCT (produto) representa o comportamento desejado, benefícios associados, objetos tangíveis e / ou serviços que poderão gerar a mudança de comportamento. 
  • PRICE (preço/ custo financeiro, emocional, psicológico ou relacionado ao tempo) para superação das barreiras que o público enfrenta para fazer a mudança de comportamento desejada.
  • PLACE (local) é onde o público irá realizar o comportamento desejado, onde acessará os produtos e serviços do programa.
  • PROMOTION (promoção) são as mensagens de comunicação, materiais, canais e atividades que efetivamente atingirão o público-alvo.

Às vezes há um quinto "P" - Política: leis e regulamentos que influenciam o comportamento desejado, como a proibição do fumo em espaços fechados, aumentar imposto de refrigerantes, bebidas alcoólicas e alimentos ultra-processados.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/