Fitoquímicos na prevenção do câncer de intestino

Fitoquímicos são substâncias produzidas pelas plantas para atração de polinizadores ou defesa contra insetos. No corpo humano não são essenciais mas quando consumidos podem proteger contra doenças, como o câncer (CA).

Estudo avaliou o uso de uma fórmula enriquecida com fitoquímicos (curcumina, ácidos boswélicos e silimarina) na prevenção do câncer de cólon. Camundongos foram injetados com uma droga carcinogênica. Metade recebeu uma fórmula padrão (grupo 1) e outra metade dos animais recebeu a fórmula enriquecida com os três fitoquímicos (grupo 2). Após o período dos estudos os animais foram avaliados e observou-se que aqueles do grupo 2 tinham o intestino menos inflamado, o número e tamanho de lesões eram menor (Girardi et al., 2018).

O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal.

É tratável e, na maioria dos casos, curável, ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. No Brasil foram diagnosticados mais de 36.000 casos em 2018.

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Os principais fatores de risco para o câncer de intestino são envelhecimento (idade > 50 anos), excesso de peso corporal, alimentação pobre em frutas, verduras e outros alimentos ricos em fibras, consumo excessivo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, peito de peru, salame) ou de carne vermelha > 500g/semana. A dieta baseada em vegetais, colorida e variada, é a principal estratégia para a prevenção do CA intestinal.

Alguns sintomas são sugestivos de CA intestinal: sangramento nas fezes, dor abdominal, perda de peso, anemia, mudança do hábito intestinal. A Organização Mundial de Saúde recomenda o rastreamento do câncer do cólon e reto em pessoas acima de 50 anos, por meio do exame de sangue oculto nas fezes. Se este for positivo será solicitada colonoscopia ou retossigmoidoscopia. Caso necessário, o médico solicitará também biópsia para análise das lesões.

Pacientes com câncer: a troca de leite por whey é benéfica

Pacientes que adoram um leite precisam ter mais cuidado. O leite e o queijo estimulam muito a secreção de IGF-1 e a proliferação celular. O whey tem um efeito muito mais brando neste sentido (Melnik et al., 2012). Estudos também mostram que o whey ajuda a evitar a caquexia do câncer. Por isso, se está fazendo tratamento contra o câncer, indico que troque seu leite por uma proteína vegana neutra sem corantes ou um whey isolado sem corantes.

Opções de whey isolado sem corantes e sabor neutro:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Para que serve a vitamina B2?

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A vitamina B2 (riboflavina) foi descoberta no soro do leite em 1879. Na época foi chamada de lactocromo.

É fundamental para o desenvolvimento e crescimento normais. Participa das coenzimas FAD e FMN, essenciais à produção de energia na forma de ATP. A deficiência de riboflavina acaba afetando a função de vários tecidos, provocando alterações degenerativas no sistema nervoso, disfunções endócrinas, anemia, problemas na pele, inflamação das gengivas, mucosa oral e língua, rachaduras nos cantos da boca (queilite angular), vermelhidão e irritação dos olhos.

A riboflavina é encontrada em uma grande variedade de alimentos de origem animal (carnes, ovos, leite) e vegetal (couve-de-bruxelas, brócolis). A carência de B2 é mais comum em pessoas alcoólatras ou com diabetes. A recomendação varia de acordo com a idade e o sexo e, em caso de deficiência, a suplementação de até 2 vezes o valor da tabela pode ser necessário.

Avaliação e suplementação da B2

Consulte um nutricionista. Conheça também outras vitaminas:

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Para que serve a vitamina B1?

Já ouviu falar de beribéri? Essa doença foi descrita em 2.700 a.C. por médicos chineses. Porém, apenas em 1884 Takaki, um cirurgião da marinha japonesa demonstrou que o problema era decorrente de carências nutricionais. Alguns anos depois, Eijkan, médico holandês demonstrou que aves alimentadas com arroz polido cozido sofriam de paralisia, sintomo característico da deficiência de vitamina B1 (tiamina).

A tiamina está presente na levedura, nos cereais, nos laticínios e nos frutos do mar. Porém, a vitamina B1 é altamente sensível ao calor. O cozimento de um pão no forno, por exemplo, destrói entre 20 a 30% da tiamina. A pasteurização do leite reduz o conteúdo de tiamina em até 20%.

Funções da vitamina B1

A vitamina B1 atua de várias formas em nosso corpo. Funciona como cofator enzimático, regulando várias reações metabólicas, inclusive a produção de energia (ATP). Também é componente das membranas de neurônios, regulando a transmissão de impulsos nervosos.

Pessoas com alto consumo de álcool frequentemente apresentam deficiência de tiamina, assim como indivíduos com HIV, doenças gastrintestinais e hepáticas ou com vômitos persistentes. O beribéri é uma manifestação grave da carência de B1. Pode ser de três formas: seco, úmido ou infantil.

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O beribéri seco caracteriza-se pela perda de sensibilidade nos membros (neuropatia periférica), problemas sensitivos, motores ou reflexos. No beribéri úmido, além destes sintomas, há edema, aumento dos batimentos cardíacos, aumento do coração e insuficiência cardíaca. Ou seja, a gravidade é maior.

O beribéri infantil afeta crianças e prejudica o desenvolvimento e a função cardíaca. Em geral, ocorre em bebês cujas mães estiveram deficientes em vitamina B1 durante a gestação ou filhos de mulheres HIV positivas ou que consomem álcool durante a gravidez. A deficiência de tiamina em um momento de extrema sensibilidade do cérebro, como o início da vida, pode levar à morte de neurônios pela insuficiência de energia nestas células.

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Outra forma de manifestação da deficiência de B1 é a síndrome de Wernicke-Korsakoff, uma complicação neuropsiquiátrica comum em pessoas com alcoolismo crônico. O etanol inibe o transporte e absorção de tiamina. Também reduz as reservas no fígado, se este já estiver danificado. O diagnóstico baseia-se nos sintomas como paralisia ocular, nistagmo (tremor nos olhos), falta de coordenação ao caminhar (ataxia da marcha) e distúrbios da atividade mental.

Avaliação e suplementação da vitamina B1

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/