Laetrile, amigdalina e pronasina são três compostos químicos que podem ser convertidos em cianeto de hidrogênio. A amigdalina está presente naturalmente nos grãos de damasco, nos caroços de ameixa e pêssego, nas amêndoas, na casca de cereja, nas sementes de maçã e também na amêndoa, lentilha, macadâmia, castanha de caju, gergelim, sorgo, painço, cevada, centeio e arroz integral..
A amigdalina foi descoberta em 1917 pelo médico Ernts Krebs e até hoje não existem evidências de que atue no corpo como uma vitamina. Mesmo assim, é conhecida também como “vitamina B17", por sua estrutura similar à de outras vitaminas, como a B12.
O cianeto de hidrogênio é eficaz em matar as bactérias do tipo espiroquetas no estágio de não-divisão, uma vez que elas não têm defesa contra seu resíduo de cianato (-CN). Por isso, vem sendo investigado como alternativa ao uso de antibióticos.
No México a amigdalina é utilizada também para o tratamento contra o câncer. Contudo, estudos foram insuficientes na demonstração da eficácia do método (Moertel et al., 1982; Milazzo, Horneber & Ernst, 2015).
Apesar de estudos in vitro (tubos de ensaio, placas de petri) sugerirem uma atividade anti-câncer da amigdalina, dados em animais e em humanos falharam. Por isso, as alegações de que o laetrile ou a amigdalina tenham efeitos benéficos para pacientes com câncer não são atualmente suportados por dados clínicos sólidos. Até porque ainda faltam estudos sobre os mecanismos farmacológicos dos compostos (Song & Xu, 2014).
Além disso, existe um risco considerável de efeitos adversos graves por envenenamento por cianeto após suplementação oral. Os sintomas de envenenamento por cianeto incluem: tontura, enjoo, vômito, dores e cabeça, dificuldade para andar, confusão mental, febre. Antes de qualquer tratamento experimental converse com seu médico e demais membros da equipe de saúde.