O uso de certos suplementos vitamínicos podem afetar adversamente a expectativa de vida, sugere estudo.
As vitaminas podem ser adquiridas por meio da alimentação saudável. A suplementação, na maior parte das vezes, é desnecessária. Mesmo assim, milhões de pessoas em todo o mundo fazem uso de suplementos antioxidantes como as vitaminas A, E e o beta-caroteno. Agora, pesquisadores, em uma revisão da Universidade de Copenhagen, sugerem que este uso indiscriminado pode aumentar, e não diminuir como se pensava, o risco de morte prematura. Aliás, o efeito positivo proporcionado pelo uso dos mesmos sempre foi controverso. O time de pesquisadores da Universidade de Copenhagen revisou mais de 815 ensaios clínicos e selecionaram os 68 cujos métodos foram mais adequados e acurados para demonstrar os benefícios da suplementação. A revisão sugeriu que o uso não aumentou a expectativa de vida.
Enquanto o selênio e a vitamina C parecem não afetar a expectativa de vida, a vitamina A aumentou o risco de morte prematura em 16%, o beta caroteno em 7% e a vitamina E em 4%. Este risco à saúde pode se dar em função do combate aos radicais livres proporcionados por estes antioxidantes. Os radicais livres atuam como defesas naturais do nosso organismo, a neutralização dos mesmos pode deixar o organismo mais suscetível à infecções. Considerando que entre 10 e 20% da população nos EUA e na Europa consomem suplementos, as conseqüências à saúde pública podem ser substanciais. Os pesquisadores sugerem então que o ideal é seguir uma dieta balanceada que forneça ao corpo os nutrientes necessários para que o mesmo consiga fabricar as substâncias que o protegerão contra doenças crônicas, tais quais o diabetes e as doenças cardiovasculares.
Outro estudo mostrou que o uso de antioxidantes (vitamina C + vitamina E) por indivíduos fisicamente ativos pode prejudicar as adaptações celulares. Isso pode resultar em menor ganho de massa magra, por exemplo. Se for suplementar, faça com segurança, seguindo as recomendações de um nutricionista.