Terapia nutricional no Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma desordem neuropsiquiátrica, que costuma aparecer logo na infância. Tem como características a desatenção, inquietude e impulsividade. Uma das possíveis causas é a alteração na região pré-frontal do cérebro. Esta região é responsável pelo autocontrole do comportamento social, pela capacidade de focar a atenção, pela memória executiva, organização e pelo planejamento. Características positivas do transtorno incluem expansividade, criatividade, independência, agilidade mental e jovialidade.

Acredita-se que o transtorno possa ter causas genéticas. Contudo, o cérebro jovem também pode ser afetado por fatores como uso de drogas, álcool, cigarro ou medicamentos na gestação.

Alguns ou muitos dos sintomas diminuem ou desaparecem com o avançar da idade. Quando necessário, o tratamento do TDAH pode envolver medicação, atividade física, terapia, tratamentos para melhorar a qualidade do sono, além da alimentação adequada. 

Dietas equilibradas são fundamentais para o adequado desenvolvimento do cérebro. Estudos mostram que muitas crianças com TDAH possuem deficiência de nutrientes como o ômega-3, zinco, ferro, magnésio, vitaminas B6 e D. A correção da dieta e a suplementação dos nutrientes adequados auxiliam o tratamento de forma segura.

A importância do ômega-3 para o cérebro é constantemente relatada na literatura científica. Na gestação, por exemplo, a suplementação e/ou consumo de boas fontes de ômega-3 protege o cérebro contra uma eventual hipóxia - falta de oxigênio (Decker et al., 2016). Associar Ômega-3 com TDAH Control all in one. Para individualização marque aqui sua consulta.

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Outra causa de perturbação do sistema nervoso e do sistema imune é o consumo de alimentos alergênicos. A exclusão de alimentos ricos em leite, glúten, ovos, chocolate, oleaginosas, açúcar, alimentos processados ricos em corantes e conservantes, assim como frutas e verduras tratadas com agrotóxicos deve ser testada como forma de aliviar os sintomas.

Também existem evidências de que o equilíbrio da microbiota intestinal é fundamental para a redução da neuroinflamação. Um intestino inflamado gera uma resposta inflamatória em vários tecidos, incluindo o tecido nervoso. Além da exclusão de alimentos inflamatórios, o uso de probióticos é recomendado.

Vários suplementos também vem sendo pesquisados. Os neurotransmissores do cérebro são formados a partir de nutrientes como os aminoácidos  L-tirosina e 5-hidroxitriptofano, os quais se transformam em dopamina e serotonina. Desta forma, a suplementação dos mesmos poderá ser recomendada.

O extrato do pinheiro marítimo francês, Pinus pinaster, é frequentemente utilizado para o TDAH pelas suas propriedades antioxidantes e vasodilatadoras. A erva perene Bacopa monnieri é usada pela medicina Ayurveda há milhares de anos para desordens neurológicas e comportamentais, e a conclusão de uma meta-análise de 9 estudos evidenciou seus benefícios cognitivos (Kongkeaw et al., 2014). A combinação de Panax ginseng e Gingko biloba também parece melhorar vários sintomas, desde problemas sociais à impulsividade (Lee et al., 2011). 

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Livros para explicar o TDAH para crianças

Yoga e meditação para redução da hiperatividade

Estudos recentes mostram que o treinamento da atenção pode ajudar crianças, adolescentes e adultos com déficit de atenção e hiperatividade. Yoga e meditação (ou práticas de atenção plena) contribuem ainda para a regulação hormonal, complementando a retirada de açúcar e outros tratamentos (como uso de medicamentos ou suplementos). Ninguém com déficit de atenção e hiperatividade vai conseguir entrar em uma sala e meditar por 1 hora, mas pode começar com 1 minuto, 2, 3 e ir progredindo até pelo menos 20 minutos diários.

Muitos profissionais de saúde e professores têm indicado a prática de yoga e meditação para toda a família. Isso mesmo, é uma jornada familiar. Pais que meditam e praticam yoga em casa estimulam os próprios filhos pelo exemplo. Pais com treinamento em Yoga vêem o comportamento dos filhos melhorarem ao longo do tempo, resultando em uma melhor relação com os mesmos, o que por sua vez ajuda na melhoria dos sintomas de TDAH e também de autismo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Vegetarianos sofrem mais de anemia?

Ontem foi comemorado o dia internacional do yoga e passei o dia com muita gente legal, em palestras e aulas comemorativas. Também aproveitei para provar novas receitas vegetarianas.

Muita gente pensa que a exclusão das carnes da dieta aumentaria o risco de anemia por deficiência de ferro. Contudo, vegetais folhosos, grãos integrais, leguminosas (feijão, ervilha, grão de bico, lentilha), frutas secas, nozes e sementes são também boas fontes do mineral. De fato, os estudos mostram que a carência de ferro e a anemia não é mais comum entre vegetarianos do que em relação ao resto da população.

Dietas vegetarianas balanceadas possuem ferro e também são mais ricas em fibras, magnésio, fitoquímicos e vitaminas como A, C e E. De fato, o ferro encontrado nas plantas é predominantemente o não-heme, que é menos absorvido do que o ferro heme encontrado no sangue e nos músculos dos animais. Consumir ferro em baixas quantidades não é nada bom para a saúde. Por outro lado, consumir e absorver ferro demais também não faz nada bem. Aumenta o risco de doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (derrame) e Alzheimer, já que o mineral participa de reações de oxidação. Pesquisas mostram que cada 1 mg de ferro extra consumido o risco de doença coronária aumenta em até 27%, de diabetes tipo 2 em 16% e de câncer em até 12%.

Receita de chana dal (Grão de bico indiano)

Ingredientes:

  • 2 xícaras de grão de bico;

  • 6 xícaras de água;

  • 2 colheres de sopa de óleo de coco ou azeite de oliva;

  • 1 unidade de canela em pau;

  • 8 cravos da Índia;

  • 8 unidades de cardamomo (opcional);

  • 4 folhas de louro;

  • 2 colheres de chá de açafrão ou curry;

  • 2 colheres de chá de gengibre ralado;

  • Sal a gosto;

  • 2 unidades de pimenta fresca ou molho de pimenta (3 colheres de sopa);

  • 6 colheres de sopa de manteiga ou ghee.

Modo de Preparo:

Deixe o grão de bico de molho durante a noite. Cozinhe com óleo em fogo baixo durante aproximadamente uma hora. Quando macio adicione canela, cravo, cardamomo (as sementes de dentro), louro, cúrcuma, gengibre e sal. Cozinhe por mais 20 minutos em fogo baixo. Por fim, adicione a pimenta bem picadinha e manteiga ou ghee. Também ficará gostoso se você cozinhar com molho de tomate.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Melatonina na prevenção do Alzheimer

Alterações no padrão secretor de melatonina foram encontradas em uma série de doenças psiquiátricas e neurológicas como distúrbio bipolar, depressão, bulimia, anorexia, esquizofrenia, transtorno de pânico, transtorno obsessivo compulsivo, epilepsia, autismo, Alzheimer e Parkinson.

Uma das características marcantes de alteração cerebral na doença de Alzheimer é a presença de placas beta-amilóides, formada pelo agrupamento de proteínas e bloqueando a sinalização e processo de sinapse cerebral. A má qualidade do sono é capaz de aumentar a proliferação dessas placas nas áreas cerebrais, comprometendo cada vez mais a capacidade cerebral.

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A melatonina, hormônio produzido em tecidos como cérebro e trato digestório inibe a formação e agregação das placas beta-amilóides e previne os danos oxidativos devido ao seu papel antioxidante. Contudo, estes benefícios parecem ocorrer apenas nos estágios iniciais da doença. Alimentos fonte de melatonina incluem uvas, vinho e azeite de oliva.

MELATONINA TAMBÉM MELHORA A IMUNIDADE

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/