Existem evidências de que um grupo de crianças que enquadram-se no transtorno do espectro autsita (TEA) apresentam níveis mais baixos de melatonina do que crianças saudáveis, possivelmente por uma deficiência causada em uma ou em ambas as enzimas responsáveis pela conversão de N-acetil-serotonina em melatonina.
Meta-análise concluiu que a suplementação de melatonina em crianças com espectro autista mostra-se capaz de melhorar a quantidade e qualidade do sono dessas crianças, com consequente melhora do comportamento durante o dia (Rossignol & Frye, 2011). Além disso, estes benefícios prolongam-se por até 39 semanas, na população pediátrica (Maras et al., 2018).
Existem também estudos mostrando um possível efeito da melatonina na redução da ansiedade e no tratamento de disfunções gastrointestinais, tão comuns em pessoas no TEA (Gagnon & Godbout, 2018). A melatonina também possui uma função antioxidante, combatendo a neuroinflamação (Ding et al., 2014).
Grande quantidade de melatonina é produzida no intestino. Estudos mostram que este órgão pode conter até 400 vezes mais melatonina que a glândula pineal (Chen et al., 2011) , motivo para manter este órgão sempre saudável. Além de suplementos, alimentos também podem ser fonte de melatonina, que é encontrada em diferentes concentrações leite materno, uvas, morango, cereja, soja germinada, alguns tipos de cogumelos, pistache, azeite de oliva extra-virgem e em fitoterápicos como Hypericum perforatum e Scutellaria biacalensis (Meng et al., 2017).
Outros suplementos podem ser necessários no TEA? Assim como em outras pessoas, tudo dependerá do estado nutricional individual, da aceitabilidade de alimentos nutritivos, da existência de carências nutricionais, da individualidade bioquímica, da genética, da presença de intolerâncias alimentares, problemas gastrointestinais, como disbiose ou doença celíaca. Saiba mais sobre alimentação e suplementação no autismo no curso online.
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