Na gestação há um grande consumo de oxigênio pela mulher, criando um ambiente pró-oxidativo (mais rico em radicais livres). Se há um baixo consumo de antioxidantes, vindos particularmente de frutas e verduras, os riscos para o bebê e para a mãe aumentam.
Triptofano é essencial mas pode aumentar estresse oxidativo
O triptofano é um aminoácido essencial importante para o metabolismo de proteínas, para a produção de serotonina (neurotransmissor relaxante, que reduz a agressividade) e de melatonina (que regula o ciclo do sono). Contudo, 95% do triptofano entra na verdade na via das quinureninas.
Na presença de processo inflamatório a enzima indolamina dioxigenase (IDO) fica muito ativa, desviando o triptofano justamente para o caminho das quinureninas. Neste caminho muitas substâncias são produzidas (como mostrado na figura acima), inclusive neurotoxinas como o ácido quinolínico. Com isso, a neurotransmissão por glutamato aumenta. Em excesso, o glutamato gera neurodegeneração.
Por isso, a suplementação de triptofano não deve ser feita em pessoas já inflamadas. Suplementos devem ser utilizados sempre com recomendação e acompanhamento nutricional. Se houver necessidade de uso de triptofano na forma de 5-HTP ou a partir da planta griffonia simplicifolia, a vitamina B3 (niacina) também deve ser suplementada. Isto porque a B3 será essencial para a conversão do ácido quinolínioc em NAD+ e depois em NADH, reduzindo o estresse oxidativo.
Triptofano na gestação
Na gestação, o cuidado deve ser redobrado já que o estresse oxidativo aumenta o risco de degeneração da placenta, restrição no crescimento fetal, pré-eclâmpsia, aborto e maior risco de morte ao nascimento (Xu et al., 2017).
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