Benefícios da melatonina na pós-menopausa

Diferentes distúrbios psicossomáticos (depressão, ansiedade, redução da memória, distúrbios do sono, fadiga) são observados em mulheres na pós-menopausa. Uma das causas é a redução de estrogênio. Outra é a diminuição da liberação de melatonina. Estudos vêm mostrando que a terapia de suplementação de melatonina pode ser benéfica (Chojnacki et al., 2018) apresentando boa tolerabilidade. Mas o que é a melatonina?

Melatonina também melhora a imunidade:

A administração de melatonina pode ajudar a mudar o ritmo circadiano. A melatonina é geralmente indicada em doses de 0,21 a 3 mg. Depois de atingir o horário de sono desejado, ajude a mantê-lo tomando uma dose menor (máximo 2 mg) de melatonina duas horas antes de dormir. A melatonina, em geral, não é recomendada em doses maiores que as fisiológicas (5mg). Além disso, o uso não é crônico para não inibir a capacidade de produção natural. Lembre que vários nutrientes são necessários para a produção de melatonina:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Crianças e adultos com síndrome de Down podem consumir ovo?

Podem e devem! A clara do ovo é rica em aminoácidos essenciais, importantes para a produção de hormônios, enzimas, anticorpos e tecidos. A gema é rica em zeaxantina, que previne a catarata e a degeneração macular. Além disso, o ovo é o alimento mais rico em colina na natureza. A colina é uma molécula composta por três grupos metil (CH3) ligados a um átomo de nitrogênio. E é importantíssima para quem tem síndrome de Down!

A colina é um nutriente essencial ao organismo, precursora de várias outras substâncias, como a acetilcolina (neurotransmissor), a glutationa (antioxidante) e o SAM (S-adenosil-metionina), que repara a bainha de mielina, regula o humor (aumentando a produção de melatonina e serotonina), além de ter funções antiinflamatórias.

As demandas de colina são bastante altas durante o período de desenvolvimento pré-natal. A colina é particularmente importante para a produção de acetilcolina, um neurotransmissor chave na função cerebral, incluindo a regulação da proliferação de neurônios, plasticidade e formação de sinapses (redes de comunicação entre os neurônios). 

Colina e regulação epigenética

Como visto acima, a ingestão de colina na dieta ou por meio da suplementação pode modular a metilação, pela regulação da produção doadores do grupo metil. Exemplos de efeitos epigenéticos mediados por doadores de metil incluem as alterações no peso do recém nascido e na susceptibilidade à doenças. Ou seja, os efeitos benéficos da colina começam mesmo antes do bebê nascer. Estudo de Moon e colaboradores (2010) mostrou que a suplementação de colina na gestação de bebês com síndrome de Down faz com que eles tenham melhores scores de atenção ao nascer. Sugere-se que as mães continuem fazendo a suplementação de colina durante o período do aleitamento. A mesma varia nos estudos entre 480 mg/dia a 930 mg/dia, quantidade maior do que a geralmente recomendada (Yan et al., 2012) afim de garantir melhor desenvolvimento do bebê ao nascimento.

Fontes de colina (em 100 gramas de alimento):

Colina

Colina

  • 2 gemas de ovo: 682 mg

  • Shitake desidratado: 202 mg

  • Isolado de soja: 191 mg

  • Carne de vaca (corte magro): 138 mg

  • Carne de porco (corte magro): 114 mg

  • Tofu: 106 mg

  • Peito de frango: 96 mg

  • Salmão: 95 mg

Lembrando que ovos também são fontes de colesterol. Para evitar a oxidação do LDL-c e reduzir o risco cardiovascular e de doença de Alzheimer adicione açafrão nas preparações com ovos.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Benefícios do uso da melatonina em pessoas no espectro autista

Existem evidências de que um grupo de crianças que enquadram-se no transtorno do espectro autsita (TEA) apresentam níveis mais baixos de melatonina do que crianças saudáveis, possivelmente por uma deficiência causada em uma ou em ambas as enzimas responsáveis pela conversão de N-acetil-serotonina em melatonina.

Meta-análise concluiu que a suplementação de melatonina em crianças com espectro autista mostra-se capaz de melhorar a quantidade e qualidade do sono dessas crianças, com consequente melhora do comportamento durante o dia (Rossignol & Frye, 2011). Além disso, estes benefícios prolongam-se por até 39 semanas, na população pediátrica (Maras et al., 2018).

Existem também estudos mostrando um possível efeito da melatonina na redução da ansiedade e no tratamento de disfunções gastrointestinais, tão comuns em pessoas no TEA (Gagnon & Godbout, 2018). A melatonina também possui uma função antioxidante, combatendo a neuroinflamação (Ding et al., 2014).

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Grande quantidade de melatonina é produzida no intestino. Estudos mostram que este órgão pode conter até 400 vezes mais melatonina que a glândula pineal (Chen et al., 2011) , motivo para manter este órgão sempre saudável. Além de suplementos, alimentos também podem ser fonte de melatonina, que é encontrada em diferentes concentrações leite materno, uvas, morango, cereja, soja germinada, alguns tipos de cogumelos, pistache, azeite de oliva extra-virgem e em fitoterápicos como Hypericum perforatum e Scutellaria biacalensis (Meng et al., 2017).

Outros suplementos podem ser necessários no TEA? Assim como em outras pessoas, tudo dependerá do estado nutricional individual, da aceitabilidade de alimentos nutritivos, da existência de carências nutricionais, da individualidade bioquímica, da genética, da presença de intolerâncias alimentares, problemas gastrointestinais, como disbiose ou doença celíaca. Saiba mais sobre alimentação e suplementação no autismo no curso online.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/