A soja e a perda de peso

Estudo da Universidade de Illinois dá mais uma dica de como a soja pode contribuir para a perda de peso. Nesta pesquisa foram comparados os efeitos da proteína de soja hidrolisada com os níveis de leptina no organismo. A leptina é um hormônio produzido em nosso tecido adiposo e tem a propriedade de sinalizar ao nosso cérebro quando estamos satisfeitos e devemos parar de comer.

Neste estudo o que aconteceu foi uma aceleração do metabolismo e não uma menor ingestão de alimentos. Estes resultados foram colhidos através da implantação de cânulas nos cérebros de camundongos. Durante duas semanas os animais receberam injeções de proteína hidrolisada. Além disso tinham acesso livre à água e alimento. Todos os ratos perderam peso mesmo sem a redução da injestão alimentar demonstrando que os peptídeos de soja interagem com receptores no cérebro. Os investigadores acreditam que as proteínas da soja contenham substâncias anorexígenas que melhoram a saciedade assim como peptídeos que aceleram o metabolismo. Mais estudos são necessários para entendermos melhor a relação soja x emagrecimento.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Cálcio e vitamina D previnem o ganho de peso em mulheres pós-menopausa

Mulheres pós menopausa que ingerem suplementos de cálcio e vitamina D podem ganhar menos peso do que aquelas que não fazem uso dos mesmos, de acordo com estudo publicado hoje no Archives of Internal Medicine.

O estudo incluiu study 36.282 mulheres pós menopausa entre as idades de 50 e 79 anos. As mulheres que ingeriram os suplementos durante o período total do estudo (7 anos) pesavam 0,5 quilos a menos do que as mulheres que ingeriram placebos. Apesar da pequena diferença de peso entre os grupos, a suplementação deve ser encorajada visto que é importante para a prevenção da osteoporose. Além da suplementação as mulheres devem adotar uma dieta adequada à seu peso e devem também aderir à prática de atividade física moderada.

O livro de Michael F. Holick, "Vitamina D", é considerado uma referência essencial sobre o tema. Ele oferece informações detalhadas sobre a importância da vitamina D, como obtê-la e como ela pode melhorar a saúde.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Por que consumir alimentos integrais?

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Os alimentos integrais tem um benefício que é o de fornecerem mais fibras e minerais. A quantidade de fibras necessárias é de 30 gramas por dia. Se você não consome arroz, pão ou macarrão integral deve aumentar o consumo de frutas e hortaliças já que as fibras tem a propriedade importante de melhorar nosso funcionamento intestinal.

Além disso, um estudo divulgado este mês, pela Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, confirma que o consumo de grãos integrais está também associada o um risco significativamente menor de desenvolvimento de ataques cardíacos e derrames. O consumo de 2,5 porções de grãos integrais diariamente foi associado a um risco cardiovascular 21% menor quando comparado aos indivíduos que consomem 0,2 grama por dia.

Este estudo foi publicado on line no Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Diseases e foi baseado em sete estudos que envolveram mais de 285000 pessoas. Além deste estudo, outras pesquisas sugerem que os grãos integrais podem conferir proteção contra o diabetes e outras doenças crônicas, como hipertensão, obesidade e hipercolesterolemia (colesterol alto).

E o que significa integral? Integral significa que o farelo, o germe e o endosperma foram mantidos no alimento. Tanto o farelo quanto o germe são ricos em fibras, vitaminas, minerais, antioxidantes e lipídios saudáveis. Todos estes componentes são removidos pelo processo de refinamento.

E se faltam fibras na dieta?

Na falta de fibras, as bactérias presentes no intestino utilizam glicanos presentes no muco intestinal para se proliferarem, aumentando a permeabilidade intestinal. Quando as células afastam-se, pedaços de bactérias, proteínas mal digeridas e xenobióticos (substâncias estranhas como agrotóxicos) podem passar para a corrente sanguínea, inflamando todo o corpo.Cerca de 70% da energia dos colonócitos (células do intestino grosso) vêm de fermentação das fibras pelas bactérias intestinais. A partir dessa fermentação são produzidos ácidos graxos de cadeia curta (especialmente o butirato) que servem de energia para o intestino.

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A redução da integridade da barreira intestinal leva à endotoxemia e inflamação crônica sistêmica. O excesso de proteína animal, principalmente quando mal digeridas, seja por falta de mastigação, hipocloridria, ingestão de líquido durante a refeição, insuficiência pancreática e biliar ou excesso no consumo, estimula a proliferação de bactérias tolerantes à bile redutoras de sulfato. Elas utilizam aminoácidos, como cisteína, metionina e taurina, produzindo ácido sulfídrico.

Essas bactérias também degradam as glicoproteínas do muco intestinal e produzem enzimas proteolíticas, agravando a hiperpermeabilidade intestinal. Quando há falta de muco, alimentos mal digeridos e paredes intestinais permeáveis, as toxinas e bactérias atingem a corrente sanguínea, ativando o sistema imunológico, aumentando a reatividade e suprimindo a tolerância. Ou seja, o sistema imune perde a capacidade de diferencial o que é próprio do que não é próprio, gerando um processo de autoimunidade. Podem surgir então alergias e o risco de doenças autoimunes, como tireoidite de Hashimoto aumenta.

A Organização Mundial de Saúde recomenda o consumo mínimo diário de 600g de frutas, verduras e hortaliças. Outros autores falam em 600g ao dia, incluindo alimentos integrais, sementes e castanhas. Ainda estimulam a mastigação, produzindo o fator de crescimento epitelilal durante esse processo, capaz de estimular a reparação das células epiteliais do trato gastrointestinal.

Aprenda mais sobre intestino e saúde aqui.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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